Valor Econômico
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"Decidimos por esses investimentos porque não tínhamos mais como crescer", explica o gerente nacional de vendas da Weg Química, Reinaldo Richter. Segundo ele, a demanda por tintas em pó vinha crescendo gradual e a empresa já não tinha espaço físico suficiente para atender os pedidos. A nova capacidade instalada vai readequar a estrutura à demanda pelo menos até o fim do ano, quando a empresa deverá já atingir a produção de 900 toneladas/mês. No ano que vem, segundo ele, será iniciada a segunda fase das obras.
As tintas em pó ganharam escala na indústria brasileira nos anos 80 e 90 em substituição às tintas líquidas em diferentes ramos, principalmente pelo não uso de solventes, o que faz com que tenham menor perda durante o processo de aplicação e agridam menos ao ambiente. Hoje, dentro da divisão de tintas do grupo Weg, as tintas em pó já são tão importantes quanto as líquidas, as mais antigas do mercado. A Weg usa como base resina de poliéster, matéria-prima importada. Apesar de oscilarem de acordo com o preço do petróleo, um mercado instável, existe neste momento uma cotação do dólar que favorece os custos.
A produção de tintas em pó, setor no qual a Weg concorre com gigantes como
A divisão de tintas e vernizes, vinculada à Weg Química, apesar de representar o menor faturamento dentre as divisões do grupo, é tida como estratégica, uma vez que entra no perfil perseguido pela empresa, de ser uma fabricante de pacotes completos de soluções. Também é importante dentro do contexto naval e de plataformas off-shore, no qual a Weg vem crescendo com o fornecimento para a Petrobras. No segundo trimestre, de acordo com o balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a divisão de tintas respondeu por 5,9% da receita bruta consolidada, de R$ 862,7 milhões. Ficou atrás das áreas de motores para eletrodoméstico (13,1%), equipamentos para o setor de energia (18,7%), e da divisão de Equipamentos Eletro-eletrônicos Industriais (62,3%).
De acordo com Richter, a previsão de faturamento da divisão é de R$ 220 milhões neste ano, crescimento de 25% em relação ao ano passado. A fatia de 6% que o setor de tintas ocupa dentro do grupo não deve se alterar porque as outras divisões também devem crescer.
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