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Weg amplia produção de tintas em pó

Valor Econômico
22/08/2006 03:00
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A Weg inaugura amanhã uma nova fábrica de tintas em pó. A unidade, localizada em Guaramirim (SC), vai fornecer produtos para setores como o moveleiro, fabricantes de eletrodomésticos, estruturas metálicas e autopeças. Com investimentos de R$ 15 milhões, a empresa está ampliando sua capacidade instalada de produção de tintas em pó em cerca de 40%, para 900 toneladas/mês. Em uma segunda fase, programada para 2010, aumentará para 1,5 mil toneladas/mês.

"Decidimos por esses investimentos porque não tínhamos mais como crescer", explica o gerente nacional de vendas da Weg Química, Reinaldo Richter. Segundo ele, a demanda por tintas em pó vinha crescendo gradual e a empresa já não tinha espaço físico suficiente para atender os pedidos. A nova capacidade instalada vai readequar a estrutura à demanda pelo menos até o fim do ano, quando a empresa deverá já atingir a produção de 900 toneladas/mês. No ano que vem, segundo ele, será iniciada a segunda fase das obras.

As tintas em pó ganharam escala na indústria brasileira nos anos 80 e 90 em substituição às tintas líquidas em diferentes ramos, principalmente pelo não uso de solventes, o que faz com que tenham menor perda durante o processo de aplicação e agridam menos ao ambiente. Hoje, dentro da divisão de tintas do grupo Weg, as tintas em pó já são tão importantes quanto as líquidas, as mais antigas do mercado. A Weg usa como base resina de poliéster, matéria-prima importada. Apesar de oscilarem de acordo com o preço do petróleo, um mercado instável, existe neste momento uma cotação do dólar que favorece os custos.

A produção de tintas em pó, setor no qual a Weg concorre com gigantes como Basf e DuPont, tem como foco principal o mercado nacional. Embora alguns setores alvos não estejam no seu melhor momento, Richter explica que está de olho no crescimento atual das autopeças e dos implementos rodoviários, visando os demais segmentos no longo prazo.

A divisão de tintas e vernizes, vinculada à Weg Química, apesar de representar o menor faturamento dentre as divisões do grupo, é tida como estratégica, uma vez que entra no perfil perseguido pela empresa, de ser uma fabricante de pacotes completos de soluções. Também é importante dentro do contexto naval e de plataformas off-shore, no qual a Weg vem crescendo com o fornecimento para a Petrobras. No segundo trimestre, de acordo com o balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a divisão de tintas respondeu por 5,9% da receita bruta consolidada, de R$ 862,7 milhões. Ficou atrás das áreas de motores para eletrodoméstico (13,1%), equipamentos para o setor de energia (18,7%), e da divisão de Equipamentos Eletro-eletrônicos Industriais (62,3%).

De acordo com Richter, a previsão de faturamento da divisão é de R$ 220 milhões neste ano, crescimento de 25% em relação ao ano passado. A fatia de 6% que o setor de tintas ocupa dentro do grupo não deve se alterar porque as outras divisões também devem crescer.

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