A unidade de investimento de risco do grupo Votorantim está injetando recursos em uma nova empresa que desenvolve tecnologia de produção de etanol a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A companhia prevê que a primeira usina capaz de aproveitar o material celulósico do bagaço e folhas da can
Jornal do CommercioA unidade de investimento de risco do grupo Votorantim está injetando recursos em uma nova empresa que desenvolve tecnologia de produção de etanol a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A companhia prevê que a primeira usina capaz de aproveitar o material celulósico do bagaço e folhas da cana para produção de álcool esteja construída em três anos, provavelmente em canaviais do interior de São Paulo.
"Atualmente existe tecnologia para produzir (álcool a partir do bagaço), o que não se sabe é qual o custo desse álcool. Em laboratório, todo mundo consegue fazer", disse o sócio-geral da Votorantim Novos Negócios (VNN), Fernando Reinach. Segundo o executivo, uma usina experimental para a produção de etanol de bagaço de cana deve custar entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões.
Reinach disse que o modelo de produção de álcool hoje é baseado exclusivamente no uso do caldo da cana, ou cerca de apenas 30% do potencial de produção de álcool da planta. A idéia é aproveitar, com o bagaço e as folhas, o potencial total da planta. Assim, a nova empresa, chamada provisoriamente de Biocel, complementará os três eixos de desenvolvimento da produtividade do etanol pela Votorantim Novos Negócios.
A companhia já desenvolve, através da empresa Alellyx Applied Genomics, pesquisas de transgenia de cana-de-açúcar e, por meio da CanaVialis, trabalha com genética clássica de cruzamento de variedades de plantas. A CanaVialis tem atuação em cerca de 20% dos canaviais brasileiros, disse Reinach. "Estamos centrando tudo no desenvolvimento de etanol." Segundo o executivo, há muitos produtores de cana-de-açúcar interessados em abrigar a usina-piloto do projeto da Biocel e, "provavelmente", a instalação da unidade ocorrerá em São Paulo.
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