Redação/Datagro
O desenvolvimento e maior uso de energias limpas foi amplamente discutido durante a 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP24), em Katowice (Polônia). Na ocasião, entidades do setor de biocombustíveis destacaram que a mistura do etanol à gasolina em 10% (E10) deve ser incentivada para contribuir na redução das emissões de carbono no setor de transportes.
O apelo vai em linha com as informações do Relatório Especial das Nações Unidas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), documento divulgado em novembro de 2018, que destaca a necessidade de triplicar o uso de biocombustíveis no segmento de transportes até 2030, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura média do planeta em 1,5ºC . O documento prevê, que os países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), devam tornar compulsória a adição de pelo menos 10% de etanol à gasolina até o final de 2019. Os negociadores em Katowice encontraram evidências de que o setor de transportes está drasticamente atrasado.
"O etanol não trouxe apenas redução de emissões nos transportes no Brasil, quando comparado a outros países, mas também trouxe independência econômica e desenvolvimento rural", declara Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
O E10 e misturas mais elevadas do biocombustível podem ser lançadas globalmente até 2030 para que os países alcancem suas metas e cheguem mais próximo ao objetivo climático, de aquecimento em até 1,5ºC. Enquanto países mais desenvolvidos discutem de forma desnecessária a indústria do petróleo, estão deixando de produzir bilhões de litros de etanol. Brasil, Europa e Estados Unidos podem fornecer volumes necessários para implementação rápida e completa do E10 nos países da OCDE.
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