De acordo com o plano de negócios da Petrobras 2010-2014, o segmento de gás e energia da estatal ficará com US$ 17,8 bilhões, dos quais US$ 2,7 bilhões serão destinados para o gás natural liquefeito (GNL), US$ 5,7 bilhões para o gás-químico e US$ 4,1 bilhões para geração de energia elétrica. O segmento de gás-química será o foco dos investimentos da área de gás e energia da Petrobras até 2014.
Gabrielli informou que os investimentos na área serão direcionados para consolidar a liderança da Petrobras no mercado brasileiro de gás natural.
Durante coletiva, o presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli informou que a Petrobras pretende realizar investimentos para a transformação química do gás natural, estando prevista a construção de três fábricas de fertilizantes para a produção de nitrogenados (Amnia e Uria) em sinergia com outros ativos da Petrobras no segmento. "O ciclo de investimento em infraestrutura na nossa carteira tende a diminuir até 2014, e tende a aumentar os investimentos em gás-químico", afirmou Gabrielli.
Segundo o executivo, a mudança no perfil dos investimentos da estatal decorre do fato de a demanda de gás no Brasil depender fortemente do despacho das térmicas, o que é influenciado pelo nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. "A mudança reflete adequação da nossa carteira de investimento para as características de flexibilidade do mercado brasileiro e que permitem maior valor adicionado para o gás", disse. Com os investimentos no segmento gás-químico, Gabrielli destacou que o Brasil se tornará autossuficiente em amônia no período, mas ainda dependerá da importação de uréia para atender a demanda interna.