A pesquisa também abarca a geração de hidrogênio a partir do vapor de etanol. A Universidade pretende transferir os estudos para o setor produtivo a fim de realizar testes em nível industrial.
RedaçãoO Departamento de Engenharia Química (DEG) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolve catalisadores para reduzir a emissão de poluentes decorrentes da combustão de etanol e metanol, combustíveis utilizados na substituição de combustíveis fósseis.
As pesquisas do DEQ também abarcam a geração de hidrogênio a partir do vapor do etanol para a utilização em células combustíveis e estão em uma fase da qual dependem da aproximação entre a universidade o setor produtivo, segundo avalia o pesquisador Jose Mansur Assaf.
A pesquisa feita em laboratório precisa, para atingir o mercado, de uma ampliação de escala. O trabalho em laboratório observa pequenas massas e volumes e avalia a estabilidade de acordo com variadas pressões e temperaturas, comenta Assaf, que acrescenta: "É a transferência dos estudos de laboratório para centros de pesquisas que possibilitem testes avançados, que ampliem a escala e efetivem estudos pilotos e depois realizem testes em nível industrial".
Na UFSCar, a reação de combustão catalítica do metano vem sendo estudada para fins energéticos e de proteção ambiental. São investigados catalisadores que promovam a combustão em temperaturas menos elevadas, objetivando-se reduzir o consumo de energia nas reações e a emissão na atmosfera de óxidos de nitrogênio gerados a partir do ar, fonte de oxigênio utilizado no processo.
Para isso, os testes realizados no DEQ utilizam na reação de combustão o catalisador a base de perovskita, um óxido composto de lantânio (La), manganês (Mn) e strôncio (Sr). Os resultados apontam que é possível, além do barateamento na produção, obter desempenho semelhante aos obtidos pelos escapamentos que atualmente utilizam metais nobres como cobalto (Co) e níquel (Ni), que são comercialmente bem mais caros.
Além disso, busca-se também evitar a emissão na atmosfera de hidrocarbonetos não consumidos no processo de combustão, em motores de veículos alimentados com gás natural.
A pesquisa do DEQ visa atender a necessidade de emprego de catalisadores que viabilizem ambiental e economicamente as reações químicas observadas tanto nas combustões metílica e etílica, oriundas dos combutíveis substituivos aos derivados de petróleo.
Segundo a UFSCar, a utilização do biodiesel a partir do metano vem sendo aplicada há algumas décadas, assim como no Brasil, boa parte da frota nacional utiliza combustível de base etílica, o álcool. Além de o país exportar o álcool para mistura na gasolina.
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