Internacional

Statoil compra Norsk Hydro e cria gigante do setor

Jornal do Commercio/
19/12/2006 02:00
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A companhia petroleira norueguesa Statoil assumirá o controle das atividades de hidrocarbonetos de sua compatriota Norsk Hydro criando assim uma nova empresa que será a décima do setor no planeta e a líder mundial da produção "off-shore". A Noruega é o terceiro exportador mundial de petróleo. As duas companhias, líderes do setor no país, permitirão a criação de uma sociedade que pode produzir, no próximo ano, 1,9 milhão de barris equivalentes de petróleo, com um total de 31 mil funcionários.

A futura entidade será o principal produtor "off-shore" de hidrocarbonetos, à frente da anglo-holandesa Shell, da brasileira Petrobras e da britânica BP. O principal produtor do mundo, em terra e no mar, continua sendo a americana ExxonMobil. A nova companhia será inicialmente controlada em 62,5% pelo governo
norueguês.

Na prática, o negócio é uma tomada de controle dos acionistas da Statoil, que terão 67,3% da nova sociedade, enquanto que os da Norsk Hydro possuirão 32,7%. As ações dos dois grupos dispararam na bolsa de Oslo: no meio da jornada, as da Norsk Hydro ganhavam 23,84% a 193,50 coroas norueguesas (23,8 euros) e as da Statoil subiam 3,61% a 179,25 coroas.

O governo norueguês, de esquerda, deu apoio à operação, que será concluída no terceiro trimestre de 2007. "É o início de uma nova era", afirmou o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, em um comunicado. O patronato, os sindicatos e vários partidos de oposição mostraram-se favoráveis à fusão, que
continua dependendo da luz verde dos acionistas.

Enfrentando uma diminuição de recursos na plataforma continental norueguesa, Statoil e Norsk Hydro tentaram nos últimos anos cooptar mercados internacionais. A decisão do gigante russo do gás Gazprom de desenvolver, sem apoio internacional, seu campo de Chtokman - a maior jazida de gás "off-shore" do mundo - foi um golpe para estas duas companhias, que estavam bem
posicionadas para participar do projeto.

Agora, com a união, as duas empresas estarão presentes em 40 países e terão reservas de 6,3 bilhões de barris equivalentes de petróleo, uma medida de uso comum nas medições de consumo de energia.
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