Plangás

Siemens busca novos contratos com a Petrobras

O contrato firmado esta semana com a Petrobras para o fornecimento de sistemas de compressão de gás, no valor de 75 milhões de euros, cerca de R$ 193 milhões, é apenas uma fatia do que a Siemens espera abocanhar dentro do Plangás, plano de antecipação da produção de gás natural por parte

Jornal do Commercio
20/07/2007 03:00
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O contrato firmado esta semana com a Petrobras para o fornecimento de sistemas de compressão de gás, no valor de 75 milhões de euros, cerca de R$ 193 milhões, é apenas uma fatia do que a Siemens espera abocanhar dentro do Plangás, plano de antecipação da produção de gás natural por parte da estatal, que terá investimentos totais de US$ 8 bilhões, ou R$ 14,8 bilhões.

De acordo com o diretor do segmento de óleo e gás da companhia no Brasil, João de Deus, há muito mais coisa por vir, e a empresa está capacitada para atender à demanda da estatal. "Há muitas encomendas dentro do Plangás que a Siemens poderá atender e que já está na disputa. O que conseguimos agora é só parte dele. Temos oferta muito ampla em nosso portfólio que pode atender o Plangás", afirmou o executivo, sem quantificar o valor exato do volume que a empresa de origem alemã poderá fornecer.

A encomenda feita à Siemens, de 17 sistemas de compressão de gás, vai atender ao plano da Petrobras de ampliar a produção e distribuição de gás no País. Seis sistemas de compressão serão destinados a uma planta de tratamento de gás que está sendo erguida em Cacimbas (ES). Outros 11 sistemas irão compor o trajeto do Gasene, que é constituído pelos gasodutos Cabiúnas-Vitória, Cacimbas-Vitória e Cacimbas-Catu.

Os sistemas de compressão serão feitos na fábrica de Houston (EUA) da Siemens, mas serão entregues pela Siemens do Brasil, que costurou, junto com a matriz alemã e a unidade americana, o contrato fechado com a maior empresa do Brasil.

Plataformas

A Siemens pretende manter o ritmo de fornecimento para as plataformas da Petrobras. Das últimas cinco licitações disputadas pela companhia, a Siemens ganhou quatro (as plataformas P-50, P-51, P-52 e PRA-1). A Siemens forneceu sistemas de automação, de geração elétrica e de telecomunicações.

De acordo com João de Deus, a empresa também vai entrar na disputa para ser uma das fornecedoras à P-55, P-56 e P-57. No caso da P-56, o diretor aguarda a confirmação de que o projeto da P-51 será repetido, já que a Petrobras estuda essa possibilidade para acelerar a conclusão da plataforma.

Ao mesmo tempo em que se revelou preocupado com o gargalo que o setor de óleo e gás passa em escala mundial, João de Deus ressaltou que a Siemens está capacitada a atender o ritmo crescente de encomendas. Ele lembrou que o nível de investimentos no setor de petróleo e gás, no Brasil, tem aumentado, em média, de 30% a 40%, anualmente.

"A Petrobras prevê investir R$ 17 bilhões anualmente, e a Siemens tem se mobilizado para atender o máximo possível da fatia que pode competir a nós. E a expectativa é que esse ritmo aumente mais, já que a Petrobras deve anunciar mais investimentos na revisão de seu Plano Estratégico", observou.

João de Deus disse ainda que a Siemens prepara-se também para poder concorrer ao fornecimento de equipamentos para duas grandes encomendas da Petrobras na área de refino, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Refinaria do Nordeste, em Pernambuco.

A Siemens já trabalha junto à Petrobras no fornecimento de equipamentos de modernização das refinarias da estatal, que estão sendo adequadas a padrões modernos para melhorar o processamento de derivados.
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