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Por Cassiano Viana
O futuro das mais de 100 plataformas fixas no Brasil foi tema do Seminário Internacional sobre Descomissionamento de Plataformas Offshore realizado nesta terça-feira (10) no Rio de Janeiro.
Promovido pelo governo britânico e pelo UK Brazil Centre of Ocean Engineering da COPPE/UFRJ, o seminário contou com a participação de palestrantes do Reino Unido, Petrobras, COPPE, British Petroleum (BP), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Universidade de Campinas (UNICAMP).
O seminário integra o programa de eventos do Ano Brasileiro-Britânico da Ciência & Inovação (www.anodaciencia.com.br). Lançado em março de 2007, o programa é uma iniciativa conjunta dos governos brasileiro e britânico para o fomento da cooperação científica e para a realização de parcerias que possibilitem a transferência de conhecimento nos campos da ciência, tecnologia e inovação entre Brasil e Reino Unido.
Este seminário marca o que está sendo desenvolvido no Brasil e no mundo. O Brasil tem diversas plataformas instaladas em águas rasas que estão perto do seu declínio de produção e, em breve, terão que ser fechadas e descomissionadas. O processo de descomissionamento destas plataformas implica em altos riscos ambientais, demandando maiores níveis de segurança operacional. A idéia aqui é iniciar o debate envolvendo o setor acadêmico, empresas, governo estadual e federal sobre o tema da desinstalação de plataformas e unidades submarinas de óleo e gás, afirmou o diretor de Tecnologia e Inovação da COPPE/UFRJ, Segen Estefan.
Na ocasião, o Ibama apresentou a palestra Descomissionamento Offshore no Licenciamento Ambiental e a Unicamp a palestra Descomissionamento Offshore: questões econômicas e ambientais. Os palestrantes britânicos dentre eles membros da University College London e da Circle Technical Services, empresa escocesa que tem experiência em mais de 130 projetos de descomissionamento ao redor do mundo, apresentaram suas experiências na área de pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias para lidar com descomissionamento de plataformas fixas nos campos antigos do Mar do Norte.
O descomissionamento de plataformas é uma atividade importante, de custos altíssimos e de grandes impactos no meio-ambiente, afirmou o Cônsul Geral Britânico no Rio de Janeiro, Tim Flear. O Reino Unido tem larga experiência de projetos nesta área advinda do desenvolvimento do Mar do Norte desde os anos 70. Temos muito o que compartilhar. A experiência no Mar do Norte é utilizada em vários lugares no mundo, inclusive aqui no Brasil. Para as empresas é um grande negócio. O governo britânico, por exemplo, tem estimulado os investimentos da cadeia de fornecedores dessa área, quase como que prioritários, explicou.
A Petrobras não tem descomissionado muitas unidades, pois temos buscado a estratégia de aproveitá-las, por exemplo, como hubs para outras plataformas, comentou a gerente geral de instalações de produção, manutenção e inspeção da Petrobras, Cristina Duarte Pinho. De 1970 a 2000, apenas sete unidades foram movidas para outros campos ou transformadas em sucata. Enquanto, desde 1990, apenas quatro semi-subs tiveram o mesmo destino, explicou.
Segundo Cristina, a Petrobras tem preparado um plano de trabalho para garantir a modernização e aproveitar ao máximo as unidades., ,, ,, ,, ,