Investimento

RJ alia incentivos fiscais a pré-sal e atrai empresas

Folha de S.Paulo
22/11/2010 11:38
Visualizações: 234
Impulsionado pela descoberta do pré-sal e pela escolha de sua capital para sede da Olimpíada de 2016, o Rio de Janeiro vem recebendo uma série de investimentos estrangeiros sem precedentes nos últimos anos.


Para ampliar essa onda, o Estado se engaja no que Regis Fichtner, senador e futuro secretário da Casa Civil, chama de "guerrinha fiscal", concedendo benefícios tributários às empresas que pretendem aí se instalar.


Maior símbolo dessa nova onda de investimentos, a General Electric anunciou há dez dias a instalação de um centro de pesquisas na Ilha do Bom Jesus, nos arredores da Ilha do Fundão, zona norte. A instalação faz parte de um pacote de investimentos de US$ 500 milhões no país.


A fim de atrair a empresa para a cidade, a Prefeitura do Rio comprou um terreno de 13 mil metros quadrados que era do Exército e irá cedê-lo por 50 anos para a GE.


A companhia também será beneficiada pela redução do ISS, de 5% para 2%.


O Estado do Rio ofereceu isenção de ICMS na compra de equipamentos e insumos para o centro.


O pacote ajudou o Rio a derrotar São Paulo e Minas Gerais, que também ambicionavam abrigar o centro.


Ao lado, no Parque Tecnológico da UFRJ, já entrou em funcionamento um centro de pesquisas da Schlumberger e estão acertadas iniciativas semelhantes da FMC e da Baker and Hughes.
 
Todos estão voltados para avanços tecnológicos nas áreas de petróleo e gás e obtiveram condições semelhantes às oferecidas à GE.
 
A cidade do Rio não é a única beneficiada pela política de incentivos. Em janeiro deste ano, Queimados, na Baixada Fluminense, foi incluída numa lei estadual que reduziu a alíquota do ICMS de 19% para 2%.


Em localização estratégica, ao lado da via Dutra, a cidade já conseguiu atrair 22 novas empresas, entre elas as estrangeiras RHI (Áustria) e Procter & Gamble (EUA). No total, os novos investimentos na cidade se aproximam de R$ 500 milhões.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, minimiza a importância da política de incentivos e enfatiza as questões estruturais.

"Estamos isentando os equipamentos, são detalhes. A GE veio pelos dois motivos que empurram a economia do Rio: o pré-sal e a agenda esportiva. A isenção de impostos é irrelevante", afirma.

Fichtner, porém, admite que o Rio é "agressivo" na política de incentivos.


ACESSO A CLIENTES

De olho nas novas oportunidades, a Prefeitura do Rio criou em maio a agência Rionegócios, dedicada a atrair investimentos como o da GE.


"É claro que, se for uma empresa com margem de lucro pequena, os incentivos são fundamentais. Mas um dos motivos principais para eleger um local é a possibilidade de acesso a clientes como a Petrobras e a Vale", diz Marcelo Haddad, que comanda a agência.

A Rionegócios trabalha com 60 projetos de empresas estrangeiras que podem se instalar na cidade.
Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

19