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Restrições de uso ao GLP é debatido em congresso internacional do setor


02/04/2018 19:02
Restrições de uso ao GLP é debatido em congresso internacional do setor Visualizações: 250

O 33º Congresso da Associação Iberoamericana de GLP (AIGLP) teve entre seus principais temas a discussão sobre as restrições de uso do GLP, como em caldeiras e equipamentos com motores a explosão, que remontam aos anos 1990. Para o presidente da entidade, Ricardo Tonietto, o fim das restrições terá baixo impacto, o que não justifica a tamanha preocupação que hoje o governo tem com a infraestrutura para atender esse crescimento. “Nossos estudos indicam que haveria um crescimento de até 200 mil toneladas/ano de GLP, o que é inexpressivo dentro do atual mercado brasileiro de GLP, algo da ordem de 7,4 milhões de toneladas/ano, das quais entre 25% e 30% são importadas”, explicou Tonietto.

Para o diretor geral da ANP, Décio Oddone, o pacote de desinvestimentos que a Petrobras está fazendo, como a tentativa de venda da Petrobras, abre oportunidades para que novos entrantes possam operar no Brasil em áreas que antes não havia espaço. “Já começamos a discutir o fim da diferenciação de preços e das restrições de uso ao GLP. O próximo passo é fazer um estudo para identificar a melhor maneira de concentrar a diferenciação de preço do GLP nas famílias de baixa renda, onde é efetivamente necessário”, explicou Oddone.

Em relação às restrições de uso, Oddone disse que a única preocupação é quanto a importação do produto. Segundo ele, ao eliminar as restrições, é preciso combinar com a indústria ações que permitam a importação para atender esses novos usos sem que haja desabastecimento. “Espero que finalmente sejam criadas as bases para que o GLP possa competir em igualdade de condições com outros combustíveis e ter uma penetração maior na matriz energética brasileira”, afirmou Oddone.

O diretor do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo, Claudio Ishihara, ressaltou a importância da logística para o setor de GLP, dada a grandiosidade do mercado e as dimensões continentais do Brasil. “Temos um mercado imenso ansiando por mais investimentos e quanto maior for o número de empresas atuando no setor, tanto melhor porque a entrega do produto, em sua maior parte, é dirigida ao segmento residencial, que é bastante amplo”, avaliou Ishihara.

O 33º Congresso da AIGLP teve como tema “GLP na América Latina – superando desafios conjunturais”. O evento, realizado no Rio de Janeiro, de 22 e 23 de março, recebeu cerca de 600 pessoas. Contou com uma feira com cerca de 60 expositores do Brasil e de países da América Latina e da Europa, e um fórum de debates, com a presença dos principais dirigentes de empresas de GLP, brasileiras e latino-americanas, e de membros das associações mundial e europeia do setor.

 

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