A Repsol e a Sinopec finalizaram no dia 28 de dezembro de 2010, com sucesso, o acordo alcançado em outubro para desenvolver os projetos de exploração e produção de seus ativos no offshore do Brasil e criar uma das maiores energéticas privadas da América Latina.
A Sinopec, depois de obter todas as aprovações necessárias das autoridades da República Popular da China, subscreveu em sua totalidade a ampliação de capital da Repsol Brasil por um valor de 7,111 bilhões de dólares, o que supõe valorar a companhia, após dita ampliação, em 17,777 bilhões de dólares.
Depois de completada esta operação na Junta de Acionistas celebrada hoje no Rio de Janeiro, a Repsol mantém 60% das ações da Repsol Brasil e a Sinopec os 40% restantes. Esta porcentagem se reflete na composição do Conselho de Administração da companhia formado por 10 membros e presidido por Nemesio Fernández-Cuesta, diretor-geral de Upstream da Repsol YPF.
Ambas as companhias subscreveram um acordo de acionistas, no qual fica refletida a vontade de desenvolver conjuntamente os atuais negócios de exploração e produção no Brasil, colocando em comum os meios necessários e compartilhando determinadas decisões estratégicas sobre políticas operacionais e financeiras.
Para determinar o resultado da operação em seus estados financeiros consolidados, a Repsol aplicou os critérios estabelecidos na NIC 31 (Norma Internacional de Contabilidade). Este resultado equivale a uma mais-valia de 3,757 bilhões de dólares, correspondente aos 40% do valor atribuído aos ativos da Repsol no Brasil, deduzidos do seu valor contábil.
Os fundos aportados na operação permitirão à Repsol Brasil o desenvolvimento total de sua carteira de ativos, entre os quais figuram algumas das mais importantes descobertas realizadas no mundo nos últimos anos. O offshore brasileiro é uma das áreas de maior crescimento em reservas de hidrocarbonetos do mundo.
O acordo selado entre a Repsol e a Sinopec mostra o grande interesse internacional pela atividade de exploração e produção no pré-sal de Santos, liderada por Petrobras e onde a Repsol Brasil ocupa um lugar relevante pela qualidade de seus ativos na área.
A Repsol e a Sinopec continuarão com seus planos de expansão no Brasil e participarão, conjunta ou separadamente, em futuras rodadas de licitação no país.
Para Antonio Brufau, “este acordo é um importante marco no desenvolvimento da estratégia exploratória da Repsol e põe em valor nossa acertada aposta no Brasil junto a um grande sócio industrial como a Sinopec”.