Reuters
A petroleira espanhola Repsol YPF anunciou uma maior expansão na Venezuela, potencialmente dobrando suas reservas no quinto maior exportador de petróleo do mundo, enquanto o crescimento da produção no país será de 60%.
O acordo com a estatal de energia venezuelana, a PDVSA, ocorre depois da Repsol ter alarmado os investidores com um nível de reposição de reservas de 32,5% em 2004.
O acordo, que inclui a construção de uma planta de liquefação de gás e uma planta de geração de energia de 80 MW, será assinado nesta quarta-feira (30/03) para coincidir com a visita do primeiro ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, informou na Repsol na terça-feira.
Este é primeiro acordo deste tipo assinado entre Repsol e PDVSA, ele cria uma joint venture na qual 51% pertence a PDVSA e 49% é de propriedade da Repsol. A companhia não divulgou um desenho de investimentos.
A produção na Venezuela, atualmente calculada em mais de 8% do total do grupo, poderá crescer em 160 mil barris de óleo equivalente por dia. A produção atual é de 100 mil barris por dia.
"Além disso, a Repsol YPF vai dobrar seu nível de reservas no país", disse a companhia em um counicado. A Repsol tem reservas provadas na Venezuela de 233,5 milhões de barris de óleo equivalente.
No relatório de resultados de 2004, a Repsol disse que suas reservas foram reduzidas em 9,3%, para 4,9 bilhões de barris de óleo equivalente. Mais alarmante foi o nível de reposição de reservas, uma medida medida entre a reposição da produção corrente e indicador de crescimento futuro. Investidos gostam de ver esse nível superior a 100%, mas o nível da Repsol foi de 32,5%. Em 2003, a companhia havia atingido o nível de reposição de 142%, com a compra de 20% das reservas de gás da BP em Trinidad & Tobago.
O plano da planta de liquefação de gás na Venezuela, na campo offshore de Gran Mariscal Sucre, vai garantir à Repsol a segunda área de gás para LNG no Caribe, próximo à Trinidad & Tobago.
O projeto Mariscal Sucre está sendo negociado entre a Royal Dutch/Shell e Mitsubishi com a PDVSA. A companhia estatal brasileira, Petrobras, disse em fevereiro que também estaria estudanto investir no projeto.
Conversas com a Repsol sobre a participação em Mariscal Sucre continual preliminares, disse uma fonte da PDVSA que pediu para não ser identificada
A planta de energia termelétrica, de relativamente poucos 80 MW, seria construída na área de Barrancas.
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