Energia

Renováveis não resolvem toda questão energética, diz Galp

O presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, afirmou que, em Portugal, mesmo com as energias renováveis "levadas ao extremo, apenas é possível uma produção entre 15% a 20% de energia", por isso uma das soluções poderá ser, eventualmente, o segmento nuclear.

Agência Lusa
23/10/2009 16:10
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O presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, afirmou que, em Portugal, mesmo com as energias renováveis "levadas ao extremo, apenas é possível uma produção entre 15% a 20% de energia", por isso uma das soluções poderá ser, eventualmente, o segmento nuclear.


Apesar disso, a opção pela nuclear exige um debate "político e profundo com o cidadão".
Na melhor das hipóteses, Portugal conseguirá atingir, nos próximos anos, um consumo de energias renováveis na ordem de 18%.


Manuel Ferreira de Oliveira destacou "o esforço do Governo português, nos últimos anos, para promover as energias renováveis", mas admitiu que elas "vão continuar a representar uma pequena percentagem do consumo de energia".


"Na melhor das hipóteses, chegaremos a um consumo de energias renováveis na ordem dos 18%", afirmou.


Durante a conferência "Novas Respostas da Energia", promovida pela Fundação Inatel e Fundação Mário Soares, realizada na noite de quinta-feira, em Viseu, Ferreira de Oliveira disse que a energia fóssil continuará a ser a grande fonte de energia primária.


"Manteremos a percentagem de consumo de energia fóssil na ordem dos 76 a 80%", informou.


O presidente da Galp Energia alegou que "Portugal não tem a felicidade de ter recursos fósseis, pois as minas de carvão já fecharam e também não há gás, nem petróleo".


"Para que o país se possa afirmar como autônomo, é preciso garantir o acesso às fontes energéticas. Como aqui não as temos, a solução passa por nos associarmos a quem as tenha", explicou.


Manuel Ferreira de Oliveira defendeu que Portugal deve, por meio da via empresarial, investir nos países que são grandes abastecedores.


"É preciso fazer com que abram as portas aos portugueses para que passem a produzir nesses países. Esta é uma forma de reequilibrar a balança comercial", afirmou, acrescentando que, neste momento, é melhor "utilizar a energia com racionalidade", sem desperdício.
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