O executivo-chefe da ENI, a estatal de energia da Itália, Paolo Scaroni, disse que o novo governo líbio respeitará todos os atuais contratos de petróleo e gás natural e que a produção petrolífera deverá retornar aos níveis anteriores à guerra civil até o final de 2012, informa o Wall Street Journal.
A Líbia produzia 1,6 milhão de barris diários antes do começo da rebelião contra Muamar Kadafi, em fevereiro, mas a atividade foi quase suspensa, enquanto as exportações foram completamente interrompidas quando a violência aumentou. A suspensão no fornecimento criou uma dor de cabeça para muitas refinarias europeias, que dependem pesadamente do petróleo da Líbia.
Scaroni se disse confiante de que a ENI será capaz de colocar em rápido funcionamento seus campos de petróleo e gás porque não existem sinais de um vandalismo deliberado contra as instalações, embora veículos, bombas e geradores tenham sido roubados e alguns campos deverão ser limpos de minas terrestres.
A ENI era a maior petrolífera estrangeira a operar na Líbia antes do começo da guerra civil, com uma produção diária de 280 mil barris no ano passado. Ao contrário de outras empresas ocidentais, não deixou completamente o país após o começo dos conflitos e continuou a bombear gás natural para algumas termelétricas locais, mesmo no auge dos confrontos. As informações são da Dow Jones.