Alta

Preço do petróleo dispara: US$ 120,92

Jornal do Commercio
23/09/2008 07:49
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Os contratos futuros de petróleo registraram a maior alta em um dia na história da New York Mercantile Exchange (Nymex), ontem, impulsionados por um frenesi de compras nas transações de baixa liquidez do contrato para outubro, que venceu no encerramento da sessão viva-voz, segundo traders e analistas. Na Nymex, os contratos de petróleo para outubro fecharam a US$ 120,92 por barril, alta de US$ 16,37 (15,66%).

 

Os ganhos, em termos de dólar e percentual, foram os maiores desde que a Nymex começou a negociar contratos futuros de petróleo em 1983. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 103,35 e a máxima de US$ 130. Os contratos de petróleo para novembro - com maior volume negociado - subiram US$ 6,62 (6,44%) e fecharam a US$ 109,37 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 101,98 e a máxima de US$ 110,45.

 

Na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para novembro fecharam a US$ 106,04 por barril, alta de US$ 6,43 (6,46%); a mínima foi de US$ 99,50 e a máxima de US$ 107,11.

 

 

Antes do vencimento do contrato para outubro na Nymex, uma forte onda de compras ampliou sua diferença com relação aos meses posteriores de vencimento, chegando a impulsionar os preços para US$ 130 por barril, com uma alta de US$ 25,45 no dia. Esse ganho superou a valorização dos outros contratos.

 

Traders disseram que o movimento anormal refletiu dois fatores: a demanda por petróleo bruto entre as refinarias que se recuperam da paralisação provocada pela passagem de furacões na Costa do Golfo do México e traders que foram surpreendidos pelos recentes movimentos do mercado.

 

"Obviamente, este foi um jogo de squeeze (situação em que o preço começa a subir no mercado futuro e os investidores que venderam a descoberto são forçados a cobrir as posições vendidas a descoberto para evitar maiores prejuízos)", disse Phil Flynn, analista da Alaron Trading Corp em Chicago.

 

"Alguém foi pego vendido a descoberto no último dia de negociação (do contrato)", acrescentou. Traders no mercado físico disseram que não estavam cientes de qualquer ruptura no mercado.

 

Contudo, as refinarias que se recuperaram do impacto da passagem de dois grandes furacões na Costa do Golfo do México estão agora buscando petróleo para entrega imediata, segundo analistas.

 

A Costa do Golfo do México continua a sentir as repercussões dos furacões Gustav e Ike, com o mais recente relatório do governo americano apontando que cerca de 89,2% da produção offshore de petróleo continua suspensa, enquanto as refinarias retomam lentamente a atividade. O mercado de petróleo também recebeu suporte do plano de US$ 700 bilhões do governo dos EUA para comprar ativos podres de instituições financeiras. A queda do dólar frente ao euro ajudou a criar um incentivo para os investidores comprarem commodities como um hedge cambial. No final da tarde em Nova York, o euro subia acima de US$ 1,48, de US$ 1,4480 na sexta-feira. "O principal condutor (para a alta) foi que o sentimento mudou em resposta ao plano financeiro (dos EUA)", disse Gene McGillian, analista da Tradition Energy.

 

"Aquilo está ajudando a lidar com questões relacionadas ao estado da economia", acrescentou. Informes de que a Arábia Saudita, a maior produtora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), está reduzindo suas exportações para alguns de seus maiores clientes globais (refinarias) também contribuíram para alimentar a alta dos preços, segundo analistas.

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