Combustíveis

Postos terão etanol 2G no ano que vem

GraalBio promete produção inicial de 82 milhões de litros.

Valor Econômico
27/09/2012 20:10
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O etanol de segunda geração estará disponível nos postos de combustíveis do país em dezembro de 2013. A previsão é da empresa GraalBio Investimentos S/A, do grupo brasileiro Graal, que promete uma produção inicial de 82 milhões de litros na primeira de cinco plantas que pretende instalar em cinco anos. A produção do etanol de segunda geração, ou etanol 2G, utiliza uma nova tecnologia que aproveita também o bagaço da cana, aumentando a produtividade entre 30% e 40%. O etanol 2G está sendo visto como uma espécie de pré-sal do biocombustível, atraindo empresas e centros de pesquisas, como o Instituto de Pesquisa Tecnológicas da USP e o CTC, de Piracicaba.
Nesse impulso, agências financiadoras já reservaram orçamentos para o 2G. "A GraalBio investirá R$ 300 milhões para produzir etanol de segunda geração. O BNDES já sinalizou que o projeto foi enquadrado e o financiamento poderá superar 70% desse valor. Esses recursos serão absorvidos em importação de equipamentos e construção da planta", explica Bernardo Gradin, presidente da GraalBio.
A empresa deverá ser a primeira a produzir o 2G no Brasil graças a parceira firmada com a Chempex, subsidiária da italiana Mossi & Guisolfi (M&G), uma das maiores produtoras de PET do mundo. "Assinamos o contrato em janeiro de 2012 e compramos o direito de aplicar a tecnologia no Brasil. Em seguida, nos associamos com uma usina de primeira geração de etanol. Nossa expectativa, num cenário arrojado, é de ter a primeira planta em escala comercial no Brasil, produzindo 82 milhões de litros em dezembro de 2013", explica.
A próxima empreitada da empresa será construir outras quatro plantas em cinco anos com a intenção de produzir, em cada uma delas, 100 milhões de litros de etanol 2G. "Ainda estamos negociando onde serão construídas as fábricas, mas já temos conversas adiantadas na região Nordeste, e nos estados de Minas Gerais e São Paulo, porém ainda não fechamos os contratos", diz.
Em outra frente, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), instalado em Piracicaba, no interior de São Paulo, já está em fase adiantada em suas pesquisas com o etanol 2G. A etapa de laboratório ocorreu no biênio 2008/2009, e nos dois anos seguintes foi concluída a escala piloto. "A nossa etapa atual é de demonstração. Será montada uma planta no próximo ano, que deve entrar em operação em 2014. Trata-se de uma unidade cerca de dez vezes menor que uma planta comercial", adianta Oswaldo Godoy Neto, gerente de projetos de pesquisa do CTC. Os recursos virão do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) que vai disponibilizar R$ 3 bilhões, nos próximos quatro anos, para apoiar o desenvolvimento de projetos do etanol 2G e projetos que visem o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa proveniente da cana-de-açúcar.
"Tomamos um empréstimo do BNDES de R$ 350 milhões que serão absorvidos em mais de oito projetos envolvendo desde cana até desenvolvimento de enzimas e projetos para a produção de etanol de segunda geração", explica o gerente de projetos. A planta de demonstração produzirá entre 20 e 30 mil litros de etanol/dia e a comercialização da nova tecnologia está prevista para 2016. "O etanol de segunda geração será o nosso pré-sal, porque entre 2016 e 2020 a meta é dobrar a produção atual desse combustível no Brasil", explica. Na safra 2012/2013, a produção brasileira de etanol (combustível e não combustível) deve atingir 24 bilhões de litros, 5% acima da temporada anterior, segundo a consultoria F.O. Licht. A produção de etanol combustível deve ser de 22 bilhões de litros, ante 20,9 bilhões de litros na safra anterior.

O etanol de segunda geração estará disponível nos postos de combustíveis do país em dezembro de 2013. A previsão é da empresa GraalBio Investimentos S/A, do grupo brasileiro Graal, que promete uma produção inicial de 82 milhões de litros na primeira de cinco plantas que pretende instalar em cinco anos. A produção do etanol de segunda geração, ou etanol 2G, utiliza uma nova tecnologia que aproveita também o bagaço da cana, aumentando a produtividade entre 30% e 40%. O etanol 2G está sendo visto como uma espécie de pré-sal do biocombustível, atraindo empresas e centros de pesquisas, como o Instituto de Pesquisa Tecnológicas da USP e o CTC, de Piracicaba.


Nesse impulso, agências financiadoras já reservaram orçamentos para o 2G. "A GraalBio investirá R$ 300 milhões para produzir etanol de segunda geração. O BNDES já sinalizou que o projeto foi enquadrado e o financiamento poderá superar 70% desse valor. Esses recursos serão absorvidos em importação de equipamentos e construção da planta", explica Bernardo Gradin, presidente da GraalBio.


A empresa deverá ser a primeira a produzir o 2G no Brasil graças a parceira firmada com a Chempex, subsidiária da italiana Mossi & Guisolfi (M&G), uma das maiores produtoras de PET do mundo. "Assinamos o contrato em janeiro de 2012 e compramos o direito de aplicar a tecnologia no Brasil. Em seguida, nos associamos com uma usina de primeira geração de etanol. Nossa expectativa, num cenário arrojado, é de ter a primeira planta em escala comercial no Brasil, produzindo 82 milhões de litros em dezembro de 2013", explica.


A próxima empreitada da empresa será construir outras quatro plantas em cinco anos com a intenção de produzir, em cada uma delas, 100 milhões de litros de etanol 2G. "Ainda estamos negociando onde serão construídas as fábricas, mas já temos conversas adiantadas na região Nordeste, e nos estados de Minas Gerais e São Paulo, porém ainda não fechamos os contratos", diz.


Em outra frente, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), instalado em Piracicaba, no interior de São Paulo, já está em fase adiantada em suas pesquisas com o etanol 2G. A etapa de laboratório ocorreu no biênio 2008/2009, e nos dois anos seguintes foi concluída a escala piloto. "A nossa etapa atual é de demonstração. Será montada uma planta no próximo ano, que deve entrar em operação em 2014. Trata-se de uma unidade cerca de dez vezes menor que uma planta comercial", adianta Oswaldo Godoy Neto, gerente de projetos de pesquisa do CTC. Os recursos virão do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) que vai disponibilizar R$ 3 bilhões, nos próximos quatro anos, para apoiar o desenvolvimento de projetos do etanol 2G e projetos que visem o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa proveniente da cana-de-açúcar.


"Tomamos um empréstimo do BNDES de R$ 350 milhões que serão absorvidos em mais de oito projetos envolvendo desde cana até desenvolvimento de enzimas e projetos para a produção de etanol de segunda geração", explica o gerente de projetos. A planta de demonstração produzirá entre 20 e 30 mil litros de etanol/dia e a comercialização da nova tecnologia está prevista para 2016. "O etanol de segunda geração será o nosso pré-sal, porque entre 2016 e 2020 a meta é dobrar a produção atual desse combustível no Brasil", explica. Na safra 2012/2013, a produção brasileira de etanol (combustível e não combustível) deve atingir 24 bilhões de litros, 5% acima da temporada anterior, segundo a consultoria F.O. Licht. A produção de etanol combustível deve ser de 22 bilhões de litros, ante 20,9 bilhões de litros na safra anterior.

 

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