Santos

Porto ganhará dois mergulhões

A proposta de uma passagem rodoviária subterrânea no Valongo - conhecida como mergulhão - sofreu uma modificação significativa pela Codesp e pela Secretaria de Portos. A ideia, agora, é construir dois túneis independentes nessa área, sendo u

A Tribuna
17/08/2011 13:55
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Um projeto de grande importância para a antiga região portuária de Santos ganhou novos contornos. A proposta de uma passagem rodoviária subterrânea no Valongo - conhecida como mergulhão - sofreu uma modificação significativa pela Codesp e pela Secretaria de Portos. A ideia, agora, é construir dois túneis independentes nessa área, sendo um para o tráfego de trens e outro para o de carros, ônibus, caminhões e motos, liberando o nível do solo para os pedestres.

A obra integrará a Avenida Perimetral da Margem Direita, em construção pela Codesp para facilitar o trânsito de caminhões e trens no porto. Será bancada com dinheiro do Tesouro Nacional, a ser liberado por meio da segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Há R$ 330 milhões separados pelo Governo Federal para o empreendimento. O custo será definido pelo projeto-executivo, que ainda será elaborado.

A mudança foi determinada para atender os planos da  Prefeitura de Santos, que pretende implantar nessa região da cidade um complexo turístico, cultural e de lazer, o Porto Valongo. Se tudo der certo, será como em Puerto Madero, Buenos Aires (Argentina), onde foram construídos diques para barcos esportivos e de recreio, aproveitando as águas barrentas do Rio da Prata. A revitalização da antiga área portuária a tornou uma atração turística.

Para tornar possível o projeto Porto Valongo, foi preciso modificar o desenho do mergulhão, considerado peça-chave para o sucesso dessa revitalização. O ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, tornou pública essa intenção na última sexta-feira (12), em passagem por Santos. “Anteriormente, o trem ia passar por cima e isso não tinha lógica nenhuma. Nós colocamos o trem embaixo”, declarou, ao ser questionado sobre o assunto.

A falta de lógica deve-se ao fato de que o trem seria um entrave à presença de pessoas no local. Se o plano é atrair turistas para a região do Valongo - inclusive com a construção de um terminal de passageiros no local -, difícil imaginar uma convivência harmoniosa com vagões e locomotivas em trânsito.

“Esta decisão deve-se a uma somatória de fatores. Foi para que houvesse uma integração completa naquela região. Nunca se imaginou que os trens passariam por ali”, declarou o secretário de Assuntos Portuários e Marítimos da Prefeitura de Santos, Sérgio Aquino. Ele é membro do grupo técnico composto pelo município, pelo Governo Federal e pela Codesp para discutir a revitalização do Valongo.

A mudança principal é que o segundo túnel, por onde passarão os trens, será independente do primeiro, destinado ao modal rodoviário. Sua parte coberta começará atrás do prédio da Alfândega e avançará por cerca de 300 metros em direção à região portuária do Saboó, até as imediações do Armazém 4, acompanhando a Rua Xavier da Silveira. Ainda não se sabe a extensão das rampas de acesso.

O mergulhão rodoviário, por sua vez, segue com a mesma configuração: terá 1.100 metros de extensão, saindo também das proximidades do prédio da Alfândega em direção ao Saboó, porém chegando próximo à confluência com a Rua Cristiano Otoni, no limite entre o Valongo e o Saboó. Suas rampas deverão ter 150 metros em cada ponta - ou seja, serão 1.400 metros de pista.

Aquino explicou que não seria possível que trens e caminhões utilizassem uma mesma passagem subterrânea. O motivo é que o trem requer uma rampa menos íngreme, com 1% a 2% de inclinação - ou seja, variando um ou dois metros de altura a cada 100 metros de extensão percorrida. O caminhão, por sua vez, convive perfeitamente com rampas de 5% a 7% de inclinação.

A contratação de projeto executivo tem verba de R$ 15 milhões garantida pela Codesp, segundo apurou A Tribuna. No entanto, pretende-se abrir à empresas privadas a possibilidade de elaborarem e doarem o trabalho para a União, para evitar demora da licitação.
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