Energia elétrica

PLD deve ter leve aumento nos próximos dois meses

Início do período seco impacta na elevação do preço para os meses de julho e agosto no Sudeste, Sul e Norte frente aos valores do PLD de junho.

Assessoria CCEE/Redação
28/06/2016 15:12
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A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou nesta segunda-feira (27/6), durante o InfoPLD ao vivo (exibido em www.ccee.org.br/aovivo), análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças - PLD de junho e para o início de julho. Mesmo com atraso, o fim do período seco já começa a impactar o preço de todos os submercados para os próximos meses. Desta maneira, ele tende a subir em julho quando comparado com o último mês, mas já apresentando um sinal de queda nos meses posteriores.

“As afluências de junho tiveram um aumento significativo e atípico na primeira quinzena do mês, principalmente no Sudeste, mas a perda de força do fenômeno El Niño diminuiu as ENAs na região Sul, que ficaram abaixo da média após meses seguidos superando a MLT”, destaca o gerente de preço da CCEE, Rodrigo Sacchi.

Mesmo com o atraso na chegada do período seco na região Sudeste, a ausência de chuvas nas demais regiões impactará nos preços esperados para os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. Os valores para os próximos dois meses, quando comparados ao PLD de junho, devem sofrer ligeiras elevações. “Esperamos que os preços de julho e agosto sejam influenciados por pequenos aumentos em todos os submercados, exceto no Nordeste, caindo abaixo do PLD atual apenas em outubro, mas voltando a subir a partir de novembro.” analisa o executivo.

Já o PLD do Nordeste deve cair em agosto, sendo fixado em R$ 66/MWh, mas volta a subir no mês seguinte, quando o preço pode atingir a marca de R$ 80/MWh, ainda abaixo do valor atual de R$ 111/MWh.

O cenário com a chegada do período seco em todo o país e o fim da influência do El Niño fez com que os níveis de armazenamento dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional – SIN registrassem quedas em todas as regiões. Houve retração dos níveis em 0,3% no Sudeste e em 2,9% no Sul, deixando o armazenamento em 56,4% e 89,2%, respectivamente. Os níveis nas demais regiões estão bem abaixo da média histórica, fechando junho com os reservatórios em 27,5% da capacidade no Nordeste e 60,5% no Norte.

A análise da previsão de carga de energia para todo o SIN, mostra um aumento de quase 5% para junho e de 4% para julho, quando observados os índices previstos ainda em janeiro de 2016.

Segundo análises, o fator de ajuste do MRE deve ficar em 89,7% em junho, com expectativa de chegar a 100% em julho. Quando considerada a repactuação do risco hidrológico, que leva em conta a sazonalização “flat”, junho registraria 88% de energia alocada e julho alcançaria 96%, fechando 2016 em 90,3% nos cenários analisados.

Em junho, os Encargos de Serviços do Sistema - ESS devem chegar a R$ 208 milhões, caindo para R$ 132 milhões em julho. Para 2016, o ESS consolidado deve ser de R$ 2,6 bilhões, valor ainda bem inferior ao registrado no ano passado (R$ 5,6 bilhões), muito em função da mudança do despacho térmico por segurança energética.

Entenda o PLD

O PLD é o preço de referência do mercado de curto prazo, utilizado para precificar o que foi gerado e o que foi consumido de energia elétrica por todos os participantes do mercado (que operam no âmbito da CCEE).

A CCEE apura mensalmente o total de energia consumido pelos consumidores que compram no Ambiente de Comercialização Livre - ACL e pelos cativos do Ambiente de Contratação Regulado - ACR. Os contratos negociados no mercado livre, fechados entre o comprador e o vendedor (pelos geradores, comercializadores e consumidores livres e especiais) e pagos bilateralmente, também são registrados na CCEE. Por sua vez, no mercado cativo os contratos são fechados em leilões regulados pelo governo, informações também registradas pela CCEE. Caso haja mais consumo ou geração do que os montantes contratuais registrados, essas diferenças são liquidadas mensalmente no mercado spot (à vista ou de curto prazo, como também é conhecido). Todos os devedores(subcontratados) pagam em igual proporção para os credores (sobre contratados).

O valor utilizado para este acerto é o Preço da Liquidação das Diferenças - PLD que é calculado semanalmente pela CCEE e, após Resolução Homologatória da ANEEL de número 2.002, de 15 de dezembro de 2015 - tem valor teto de R$ 422,56/MWh e piso de R$ 30,25/MWh, vigentes a partir da primeira semana operacional de janeiro/2016.

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