Mercado

Petróleo sobe a quase US$ 57 devido a redução dos estoques de gasolina nos EUA

Reuters
06/04/2005 03:00
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Os preços do petróleo voltaram a subir a US$ 57 nesta quarta-feira, devido à queda dos estoques de gasolina nos Estados Unidos. O petróleo leve americano aumentou 76 centavos para US$ 56,80 o barril, ainda cerca US$ 1,50 menos do que a alta recorde de segunda-feira de US$ 58,28. O Brent londrino aumentou 48 centavos e chegou a US$ 55,92 o barril.
Os preços subiram depois que o órgão de administração de energia dos Estados Unidos (U.S. Energy Information Administration) disse que os estoques da gasolina caíram 2,1 milhões de barris, a 212,3 milhões, com a demanda crescendo próximo a 2% em relação ao ano anterior, apesar dos recordes de preço nas bombas.
"A chave para esse relatório é que o petróleo está se movendo para a alta e nós vemos um sintoma significativo da gasolina. Isso deixa o mercado sem segurança", disse Ed Silliere, da Energy Merchant Intermarket Futures.
Os estoques de petróleo, no entanto, continuam no nível mais alto em três anos, com crescimento acima de 2,4 milhões de barris a 317,1 milhão para a semana de primeiro de abril, quando as importações chegaram próximo a 10 milhões de barris diários, informou a EIA.
A preocupação de que o rápido crescimento da demanda nas economias emergentes da Ásia pode ultrapassar o crescimento do suprimento ajuda os EUA a vender petróleo preços acrescidos em mais 30% em relação ao ano anterior.
Grandes compras de fundos com muito dinheiro ajudaram os ganhos dos combustíveis.
Altas ainda mais fortes do preço do petróleo podem começar a pesar sobre o crescimento global, afirmou nesta quarta-feira o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato.
"Até agora os efeitos dos maiores preços do petróleo sobre a expansão global e sobre a inflação têm sido administráveis, parte porque a alta dos preços se deve à forte demanda mundial e parte por conta da credibilidade antiinflacionária dos bancos centrais", disse Rato em um discurso preparado para a Universidade de Georgetown, em Washington.
"Mas altas ainda mais fortes podem ter efeitos mais sérios", complementou ele, alertando que o mercado de petróleo continua vulnerável a choques de preços. Para Rato, países produtores e consumidores precisam trabalhar juntos e assegurar a estabilidade do mercado em prol dos investimentos e de mais transparência das informações sobre a commodity.
O chefe do Banco Centra norte-americano, o US Federal Reserve, Alan Greenspan, disse na terça-feira que as forças do mercado poderiam eventualmente guiar para um grande aumento nos estoques para esfriar os atuais preços do petróleo, mas se mostrou preocupado com a pouca capacidade de refino.
Preços altos reduzir o crescimento da demanda, mas apenas de forma modesta, disse Greenspan.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo aumentaram o limite de produção em 500 mil barris por dia para 27,5 milhões de barris diários no mês passado e deixou espaço para um segundo aumento antes do encontro de junho, se os preços não caírem abaixo dos US$ 55.
A produção da Opep aumentou em 175 mil bpd em março.

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