Novo recorde

Petróleo fica mais perto dos US$ 100

Os contratos futuros de petróleo furaram ontem, pela primeira vez, a marca de US$ 97 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), impulsionados pela interrupção da oferta no Mar do Norte e novas mínimas do dólar ante o euro. No fechamento, o barril para entrega em de

O Estado de São Pau
08/11/2007 02:00
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Os contratos futuros de petróleo furaram ontem, pela primeira vez, a marca de US$ 97 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), impulsionados pela interrupção da oferta no Mar do Norte e novas mínimas do dólar ante o euro. No fechamento, o barril para entrega em dezembro subiu 2,89%, para US$ 96,70, novo nível recorde. A mínima cotação do dia foi de US$ 95,80 e a máxima, de US$ 97,10.

Logo no início da sessão, muitos investidores compraram contratos com base nas notícias da fragilidade do sistema global de oferta. Desde meados de agosto, os futuros de petróleo acumulam alta de mais de 40% e seguem em direção à barreira de US$ 100 por barril.

Essa mais recente etapa de alta do petróleo começou com as preocupações de que a demanda no quarto trimestre facilmente superará a oferta. O movimento de alta rapidamente ganhou impulso suficiente para quebrar recordes sucessivos. Os informes de problemas operacionais vêm servindo para exacerbar as preocupações de oferta e, assim, alimentam o interesse de compra.

No Mar do Norte, algumas companhias retiraram seus funcionários das instalações e suspenderam a produção diante das condições climáticas desfavoráveis. No norte do Iêmen, a explosão de uma bomba danificou um oleoduto no domingo, suspendendo o fluxo para o terminal de exportação Hudeida, no mar Vermelho. O oleoduto tem uma capacidade de 155 mil barris/dia.

Os preços do petróleo também receberam suporte do declínio do dólar contra o euro, que subiu para nova máxima recorde de US$ 1,4571. Um dólar mais fraco torna o petróleo - um ativo denominado em dólar - mais barato para compradores em outras moedas, elevando a demanda.

Em um relatório divulgado ontem à tarde, o Departamento de Energia dos Estados Unidos informou que, segundo suas projeções, no fim de 2007, os estoques comerciais de petróleo mantidos pelos principais países industrializados estarão 4,8% abaixo dos níveis do fim de 2006. O departamento alertou que os estoques apertados serão o principal fator que vai manter os preços elevados em um mercado volátil.

´Os mercados globais provavelmente permanecerão esticados, com a demanda mundial por petróleo continuando a crescer num ritmo mais rápido do que a oferta´, disse o relatório da instituição.

´Os US$ 100 (por barril) estão à vista´, disse Andy Lebow, vice-presidente sênior da MF Global em Nova York. ´É quase como uma convicção cúmplice de que vamos chegar lá. É uma grande meta´, acrescentou.

Hoje, o departamento divulgará os dados de estoques de petróleo nos EUA. Os analistas estimam um declínio de 1,6 milhão de barris em relação à semana passada. ´O temor é o de que possamos ver outro forte declínio´, disse Nauman Barakat, vice-presidente da Macquarie Futures USA.

Na Bolsa de Londres, os contratos de petróleo Brent para dezembro subiram 3,06%, para US$ 93,26, também nível recorde.
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