Refinaria Premium

Petrobras quer dobrar capacidade de refino

A Petrobras vai quase duplicar a sua capacidade de refino de petróleo nos próximos cinco anos, após ficar mais de duas décadas sem investir no setor. A informação é do gerente de relações com investidores individuais da empresa, Paulo Campos, em palestra sobre a empresa na ExpoMoney, evento

O Estado do Pará
09/11/2007 02:00
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A Petrobras vai quase duplicar a sua capacidade de refino de petróleo nos próximos cinco anos, após ficar mais de duas décadas sem investir no setor. A informação é do gerente de relações com investidores individuais da empresa, Paulo Campos, em palestra sobre a empresa na ExpoMoney, evento dedicado ao pequeno investidor. Além da refinaria que está sendo construída em Itaboraí, no Rio, com capacidade de processar 150 mil barris por dia, e outra em Pernambuco, com capacidade de 200 mil barris diários, a estatal planeja construir uma outra grande unidade no país, com capacidade e 500 mil barris diários.

Campos disse que ainda não está definido o local de construção dessa nova unidade, que é chamada internamente de "premium", e a produção será destinada basicamente ao mercado externo. A última refinaria construída pela empresa foi inaugurada em 1979, complementou. Além dessas três unidades, com acréscimo de 950 mil barris diários de processamento, a Petrobras pretende adquirir mais duas unidades no exterior, sendo uma "provavelmente" na Europa e a outra na Ásia. No ano passado, a Petrobras comprou 50% de uma refinaria nos Estados Unidos, no Texas (Pasadena). Campos não informou o tamanho das refinarias na mira da empresa, mas ressalvou que são de grande porte. A norte-americana processa 100 mil barris por dia e as refinarias brasileiras da empresa têm capacidade de 200 mil barris por dia.

O objetivo da empresa em investir em novas refinarias é agregar valor à sua produção, disse Campos. Ele explicou que a empresa está conseguindo ampliar de forma consistente a produção de petróleo no Brasil, mas esse óleo é do tipo pesado, que vale cerca de US$ 12 por barril abaixo do petróleo de boa qualidade. "Ao processar esse óleo em nossas próprias refinarias no exterior, vamos conseguir agregar valor e ficar com a diferença de preços. O nosso objetivo é exportar o nosso próprio petróleo para essas refinarias", complementou.

A área de "downstream", que inclui refino, transportes e distribuição, receberá o segundo maior volume de investimentos no Plano Estratégico 2008-12, que prevê desembolsos de US$ 112 bilhões no período. Desse total, US$ 65,1 bilhões serão na área de exploração e produção (58%), US$ 29,6 bilhões em downstream (26%), US$ 6,7 bilhões em gás e energia (6%), US$ 4,3 bilhões em petroquímica (4%), e o restante dividido entre biocombustível, corporativo e distribuição.
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