Valor Econômico com
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse ontem que a estatal poderá reajustar o preço dos combustíveis no mercado interno caso a cotação do barril de petróleo no mercado internacional se consolide num nível superior a US$ 75. "Se isso ocorrer, de acordo com nossa política, vamos elevar a um novo patamar" , afirmou.
O executivo acredita, no entanto, que ainda não é possível afirmar que a cotação do petróleo esteja estável. Segundo ele, os conflitos no Oriente Médio e a maior demanda nos Estados Unidos elevaram os preços em agosto, embora eles já estejam se acomodando. "A Petrobras não repassa picos de preços" , afirmou.
De acordo com Barbassa, os preços atuais do combustível no mercado doméstico refletem um barril de petróleo entre US$ 60 e US$ 70.
Na avaliação de analistas do Credit Suisse, os preços da gasolina brasileira estão defasados em apenas cerca de 8% em relação aos preços do óleo produzido nos EUA. Segundo relatório divulgado pelo banco, "ainda há boas razões para não alterar agora o preço da gasolina", considerando-se principalmente a diferenças existentes na qualidade do óleo produzido nos dois mercados.
Para o Credit Suisse, o foco dos investidores da Petrobras "deveria estar mais na defasagem dos preços do diesel do que da gasolina". No caso do diesel, a diferença atinge 16%, segundo o relatório. Na opinião dos analistas do banco, "é difícil encontrar argumentos que possam sustentar essa margem de desconto por um período tão longo".
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