Downstream

Petrobras pode comprar ativos da Exxon na Argentina

Agência Estado
20/09/2010 12:58
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A norte-americana Exxon Mobil está em conversas para vender seus ativos "downstream" (de refino, distribuição e comercialização de petróleo) na Argentina por uma quantia não revelada, disse o jornal financeiro El Cronista, citando fontes próximas à negociação. De acordo com o jornal, entre os prováveis candidatos à compra desses ativos estão a Petrobras, a Pan American Energy (na qual a britânica BP tem uma participação de 60%) e a argentina Bridas Corp.


O El Cronista disse que a Exxon quer vender cerca de 450 postos de gasolina e uma refinaria de petróleo com capacidade de produção de 85 mil barris por dia em Campana, que operam com a marca Esso. "Nós não comentamos sobre rumores no mercado ou especulações", disse o porta-voz da empresa, Tomas Hess. Segundo o jornal, analistas estimam o valor dos ativos em cerca de US$ 800 milhões. A Exxon tem uma participação de 12% no mercado argentino, ficando atrás da YPF e da Shell.


A Exxon pensou em vender esses ativos no começo de 2008, depois de receber ofertas não solicitadas, mas depois optou por não realizar o acordo. Conforme o El Cronista, na época a Petrobras chegou a conversar com a empresa, mas o governo pediu "com insistência" para que a brasileira desistisse da operação. Este ano, a Petrobras vendeu sua refinaria de San Lorenzo (em Santa Fé) e 360 postos à empresa Oil Combustibles, do empresário Cristóbal López, o que teria aberto caminho para que a brasileira comprasse os ativos da Exxon agora.


Segundo uma fonte ligada à empresa brasileira, "a intenção da Petrobras é vender uma ou duas refinarias e comprar outra". Ainda de acordo com o El Cronista, Carlos Alberto da Costa, executivo-chefe da Petrobras Energía (Pesa), subsidiária da Petrobras na Argentina, disse na época da venda para Cristóbal López que a intenção não era diminuir a participação de mercado no país, e sim aumentar.


Empresas de petróleo integradas estão enfrentando um ambiente operacional difícil na Argentina, onde os preços dos combustíveis são determinados pelo governo. No mês passado, a administração da presidente Cristina Kirchner ordenou que os postos de gasolina reduzissem os preços dos combustíveis para o nível de 31 de julho, em uma tentativa de conter a inflação, que muitos acreditam estar acima de 20% ao ano.
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