GNL

Petrobras estuda importar mais um navio para conversão de gás

O Estado de São Pau
15/06/2007 03:00
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 Abastecimento no Brasil preocupa indústria e estatal quer diminuir dependência do produto boliviano.

A Petrobras poderá contratar um terceiro navio equipado com uma usina capaz de converter em gás o Gás Natural Liquefeito (GNL) que pretende importar nos próximos anos. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que essa possibilidade está em estudo e adiantou que esse terceiro navio ´teria capacidade para regaseificar cerca de 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia´.

A situação da oferta de gás natural no Brasil é motivo de preocupação no setor industrial, que é um grande consumidor do combustível. O presidente do Conselho de Infra-Estrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Freitas Mascarenhas, afirmou ontem que já falta gás natural para abastecer novos investimentos na indústria. ´É preciso aumentar a produção, a oferta de gás´, disse o dirigente.

Gabrielli, que participou ontem de seminário da CNI sobre o marco regulatório do setor de gás, não comentou onde poderia ficar essa terceira unidade de regaseificação. Mas, no setor privado, comenta-se que esse terceiro navio poderia ficar em Santa Catarina, em Pernambuco ou no Maranhão.

A Petrobrás já tem contratados, hoje, dois navios regaseificadores. O primeiro deverá começar a operar em abril ou maio de 2008 e o segundo, em 2009. Uma dessas unidades ficará no Rio de Janeiro e a outra, no Ceará. Somadas terão capacidade de regaseificar 20 milhões de m3 por dia.

O projeto de importar GNL e convertê-lo em gás no Brasil faz parte da estratégia da Petrobrás de reduzir a dependência do mercado brasileiro do gás natural comprado da Bolívia. Atualmente, o Brasil importa cerca de 26 milhões de metros cúbico diários de gás dos bolivianos. Se for confirmada a contratação da terceira unidade de regaseificação, a estatal terá capacidade para importar, ao todo, 34 milhões de metros cúbicos por dia de GNL.

A viabilização da importação de GNL - bem como a antecipação do aumento da produção doméstica de gás até 2008 - são projetos que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento .

Sobre o desempenho da Petrobrás no PAC, Gabrielli disse que, ´de um total de 102 projetos que estão nas mãos da estatal, apenas nove apresentam atrasos graves´.

Frases:

José F. Mascarenhas, presidente do Conselho de Infra-Estrutura da Confederação Nacional da Indústria:

“É preciso aumentar a produção, a oferta de gás”

José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás:

“De um total de 102 projetos que estão nas mãos da Petrobrás, apenas 9 apresentam atrasos graves (explicou ao ser perguntado sobre o desempenho da estatal no Programa de Aceleração do Crescimento)”.

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