Novos investimentos no país

Petrobras e Statoil ampliam parceria em campos maduros na Bacia de Campos, dizem fontes

Reuters - 04/10/2016
04/10/2016 14:58
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A Petrobras e a norueguesa Statoil estão expandindo uma parceria para limitar o declínio natural da produção em campos maduros na Bacia de Campos, afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

No fim de agosto, as empresas assinaram um memorando de entendimento que evoluiu para potencializar suas competências técnicas, com o objetivo de elevar os volumes de óleo recuperável em campos maduros em operação no país.

Uma das opções em estudo é que a Statoil poderia obter participações em campos em troca de cooperação tecnológica e de carregar parte do investimento necessário, disse uma das fontes.

Procurados, representantes da Petrobras e da Statoil não comentaram o assunto. As fontes pediram para não serem identificadas, porque as negociações permanecem em sigilo.

A Bacia de Campos, que foi responsável por cerca de 85 por cento da produção de petróleo do Brasil, há cinco anos, representa atualmente 58 por cento.

A Petrobras detém cerca de 80 por cento da produção de petróleo no Brasil e é responsável pelo desenvolvimento de enormes descobertas no pré-sal, que produziram pela primeira vez em 2008.

O movimento entre as empresas acontece após a Statoil fechar, ao final de julho, a compra de uma participação de 66 por cento da descoberta de Carcará, por 2,5 bilhões de dólares, um dos maiores prospectos da Petrobras.

Plano de Negócios

O  pré-sal é uma região no mar perto da costa do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, onde várias das maiores descobertas de óleo mais recentes do mundo foram feitas.

No mês passado, a Petrobras publicou seu novo Plano de Negócios e Gestão, que prevê investir 74,1 bilhões de dólares entre 2017 e 2021, uma queda de 25 por cento em relação ao plano 2015-2019, revisado em janeiro deste ano, elevando ainda projeções de vendas de ativos enquanto busca melhorar suas finanças.

Os planos de investimentos para a Bacia de Campos foram os que mais sofreram com os cortes, afirmou uma das fontes. Em contrapartida, o plano da Petrobras reduziu sua projeção para o declínio da produção de petróleo na Bacia de Campos. No novo documento, a Petrobras prevê declínio anual estável de 9 por cento no período, diferentemente do declarado em maio pela diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, de que esse percentual poderia atingir de 12 a 15 por cento nos próximos anos.

No plano, apresentado no mês passado, a petroleira indicou que as oportunidades na Bacia de Campos seriam avaliadas com ênfase em parcerias estratégicas para aumentar o potencial de produção e na revitalização do campo de Marlim, um dos mais importantes.

 

 

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