Novos Investimentos

Parceria Público-Privada, uma saída para atrair novos investimentos

Modelo pode atrair recursos e viabilizar projetos em época de crise.

Agência Indusnet Fiesp/Redação
15/03/2016 15:50
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As parcerias público-privadas (PPPs) foram o destaque da reunião plenária desta segunda-feira (14/3) do Departamento da Indústria da Construção da Fiesp (Deconcic), realizada na sede da entidade.

Convidado do Deconcic, André Dabus, diretor executivo da AD Corretora de Seguros, defendeu investimentos no modelo das PPPs. “Atualmente, os governos (federal, estadual e municipal) encontram muitas dificuldades orçamentárias e de execução na área de infraestrutura, que acabam impedindo a otimização dos recursos públicos. Nesse sentido, as PPPs surgem como uma saída para oferecer à população os serviços que necessitam com qualidade e muito mais agilidade”, disse.

Segundo ele, investir em PPPs permite melhor planejamento dos investimentos públicos, mudança do papel do Estado de “empreendedor” para “regulador”, compartilhamento de riscos entre parceiro público e privado, eficiência na gestão e operação da infraestrutura concedida, ganho de qualidade na entrega dos serviços à população, otimização dos recursos financeiros, técnicos e operacionais.

Bruno Pereira, sócio da consultoria Radar PPP, também participou do evento e disse que a grande vantagem das parcerias é simplificar os mecanismos de execução dos projetos para o poder público. “Em vez de ter de controlar vários fornecedores nas mais diferentes etapas do projeto e da obra, o governo passa a ter apenas um fornecedor, que fica responsável por todo o processo”, diz Pereira, destacando as vantagens de captar capital privado em época de aperto fiscal: “Em cenário de bonança as parcerias já são boas. Mas em cenário de crise, são praticamente a única alternativa para o governo conseguir viabilizar projetos”, afirmou.

Ele disse que as PPPs demandam conhecimento de operação e é fundamental que a cadeia produtiva da indústria da construção se conecte com empresas que fazem a manutenção dos ativos e prestam os serviços associados. “Não há PPP de sucesso sem que seja considerada a satisfação, no longo prazo, do usuário dos serviços. O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é um instrumento de destaque dentro de uma PPP. Há que se desenvolver muito bem o que é a proposta de valor do projeto (benefícios sociais, receitas acessórias, externalidades positivas etc), do contrário o projeto será arquivado”, concluiu.

Manoel Carlos de Lima Rossitto, diretor titular adjunto do Deconcic, afirmou que PPPs são a saída imediata para novos investimentos. “Dinheiro público não tem mais. É o momento de partir em busca de investidores privados.” Cristiano Goldstein, também diretor adjunto do departamento, sugeriu que a Frente Parlamentar da Indústria da Construção discuta o tema junto ao governo para fomentar o setor.

Oportunidades no desporto

Durante a reunião, Mario Frugiuele, diretor secretário da Fiesp e coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto (Code), apresentou a estrutura e foco de atuação do comitê. “Vimos a necessidade de montar este comitê devido aos eventos esportivos que o Brasil seria palco, como Copa e Olimpíadas. Agimos dentro dessa área da indústria desportiva, que é transversal, pegando as áreas têxtil, de borracha, plástico, equipamentos, construção, saúde e entre outros”, disse.

Segundo ele, o Code tem como objetivo unir e fortalecer os participantes desta cadeia, envolvidos direta e indiretamente com o setor, promovendo ações que fomentem o desenvolvimento industrial. Trabalha em conjunto com o Condesporto (Conselho Superior do Desporto), e com os diversos departamentos da entidade como Deinfra, Derex, Dempi, Deseg.

“Planejamos e executamos ações no intuito de fomentar e criar condições reais para o desenvolvimento sustentável do esporte no Brasil, com o consequente incremento de toda a cadeia produtiva da indústria do desporto. Trabalhamos com o foco em estudos e pesquisas, na colaboração entre as entidades relacionadas ao setor, tanto na esfera pública como privada, fazemos intercâmbio para a inovação tecnológica e atuamos junto aos governos nas três esferas”, disse o coordenador. O Code conta ainda com quatro grupos de trabalho: tributos e incentivos fiscais, mercado de produtos e serviços do esporte, normalização e selo de qualidade e transferência de tecnologia e inovações.

Carlos Eduardo Auricchio, diretor titular do Deconcic, enxerga o papel importante que este setor tem para a indústria da construção. “Temos que olhar para os nossos atletas e para as oportunidades que o desporto pode criar para nós. O que move o nosso setor é obra rodando”, disse.

A reunião teve também as presenças dos diretores titulares adjuntos Newton Cavalieri, Luiz Eulálio e Carlos Roberto Petrini, além do presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), Marcos Penido.

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