Reuters
A Braskem promove estudos para utilizar álcool como matéria-prima na produção de polímeros, informou nesta segunda-feira à Reuters o presidente da companhia, José Carlos Grubisish.
O combustível pode se tornar uma alternativa viável, segundo ele, se o preço do petróleo continuar em patamares elevados.
"Se imaginar que (o barril de petróleo) vai ficar a 70 dólares ou mais por um longo período de tempo, evidentemente já tem hoje uma situação onde o álcool, para algumas aplicações, para alguns produtos, pode ser competitivo", afirmou Grubisish após participar de seminário em São Paulo.
Na semana passada, o barril ultrapassou os 73 dólares por barril, em meio a temores de que a tempestade Ernesto afetasse o fornecimento no Golfo do México. Nesta segunda-feira, após previsões menos devastadoras, o preço do barril cedeu mais de 2 dólares, mas se manteve acima dos 70 dólares .
Grubisish acredita, no entanto, que a tendência de longo prazo é de baixa. Na opinião dele, a elevação do preço levou à exploração de novas áreas de produção de petróleo e ao estudo de alternativas energéticas, como o álcool. Esse aumento de opções de oferta, de acordo com o executivo, tende a reduzir a demanda pela commodity e, conseqüentemente, baixar os preços.
"A nossa visão é que o preço do petróleo deveria ter uma redução gradual nos próximos anos... Agora, a questão sempre é quando e qual seria o patamar de estabilização."
Para ficar menos dependente da cotação do petróleo, a Braskem busca aprimorar técnicas de produção de polímeros com álcool, já utilizadas no passado.
"A Braskem já operou fábricas de eteno a partir do álcool... temos estudos em andamento para revisitar a tecnologia para estudar como que ela pode ser melhorada do ponto de vista da sua competitividade."
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