Reajuste

Palocci nega influência política

Jornal do Brasil
15/10/2004 03:00
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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que o reajuste no preço dos combustíveis, anunciado ontem pela manhã pela Petrobras, não deve causar qualquer impacto nos índices de inflação, porque a medida já era esperada pelos analistas do mercado. Ele negou também que o governo tenha promovido um reajuste menor do que o esperado por estar de olho no segundo turno das eleições municipais e nas conseqüências que um índice maior poderia trazer para a candidatura da prefeita Marta Suplicy (PT) à reeleição em São Paulo.
- O governo tem demonstrado que toma todas as medidas necessárias, no momento necessário, independentemente de qualquer processo eleitoral. Este governo não fará isso, jamais - fez questão de reforçar o ministro.
Palocci avaliou como dentro de todas as perspectivas os reajustes que estão sendo promovidos, no Brasil, em relação aos demais países que dependem da importação de petróleo, por causa das incertezas sobre o futuro do preço do barril do petróleo, que ontem chegou a ser negociado a US$ 54,76 na abertura do pregão da Bolsa Mercantil de Nova York.
- O Brasil diversificou sua matriz energética de forma que a nossa dependência em termos de contas externas, na questão do petróleo, é muitas vezes menor do que era no passado. O Banco Central e os analistas já sabem que com o aumento do petróleo algum reajuste dos combustíveis deveria existir. Eu não vejo nada fora do que as perspectivas de analistas já apontavam. Não acho que vai piorar nenhuma avaliação porque essa medida já era esperada - ponderou o ministro da Fazenda.
Palocci sugeriu que o reajuste de ontem, no preço dos combustíveis, poderá voltar a ocorrer, no curto prazo, uma vez que ainda há muitas incertezas em relação à estabilização dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
- A Petrobras fez um nível de ajuste, talvez não todo o ajuste que imagina fazer ao longo do período, já que outros países também não estão acompanhando totalmente os preços que estão sendo praticados no mercado internacional - afirmou.
Palocci reconheceu que, atualmente, a economia brasileira está mais bem preparada para enfrentar choques nos preços internacionais do petróleo. Com as contas externas numa situação ``elogiável e muito positiva``, isso permite que o Brasil tenha mais musculatura para enfrentar as adversidades do mercado, na avaliação do ministro.
- Estou muito otimista com a economia brasileira porque dados negativos estão no retrovisor - ressaltou.

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