Energia

Países da América Latina criam Fórum Permanente de Eficiência Energética

A Rede Latinoamericana e do Caribe para Eficiência Energética (Rede LAC-EE) foi criada a partir de um acordo de cooperação entre os países da América Latina firmado em evento organizado pela International Copper Association (ICA), com o apoio da Agencia de Cooperação Técnica Alemã (Gtz) e

Redação/ Assessori
24/10/2011 16:48
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A Rede Latinoamericana e do Caribe para Eficiência Energética (Rede LAC-EE) foi criada este ano a partir de um acordo de cooperação entre os países da América Latina firmado em evento organizado pela International Copper Association (ICA), com o apoio da Agencia de Cooperação Técnica Alemã (Gtz) e Organização Latinoamericana de Energia (Olade). A rede reúne instituições, acadêmicos e órgãos governamentais para discutir e implementar políticas para expansão do uso eficiente e sustentável da energia.

O Brasil faz parte deste grupo cuja proposta foi lançada em 2007, durante a realização do primeiro Seminário de Políticas Públicas de Eficiência Energética na América Latina, no Rio de Janeiro. O objetivo do Seminário realizado este ano no México foi estabelecer um fórum de discussões e divulgações de experiências na região e propiciar o desenvolvimento de uma rede de conhecimento.

O inicio das atividades será dará por meio do Comitê de Governança Transitória, integrado de forma voluntária, no qual definirá a estrutura do Comitê Gestor Permanente e o plano de trabalho para os próximos seis meses.

“Esta iniciativa surgiu da necessidade de promover uma integração regional, onde especialistas em eficiência energética tenham a oportunidade de trocar informações e experiências”, destacou Glycon Garcia, Líder Regional de Energia Elétrica Sustentável do ICA/Procobre para a América Latina. “É importante definir a criação de uma plataforma que permita uma integração pessoal ou virtual, onde os países possam compartilhar práticas e estratégias sobre o tema”, enfatizou. Inicialmente, farão parte do Fórum os representantes dos países presentes no Seminario, ou seja,  Argentina, Brasil, Chile, Costa Risca, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru e Uruguai.

A troca de conhecimentos fará com que países com maior desenvolvimento em eficiência energética conheçam e apliquem as melhores práticas executadas no mundo. Ao mesmo tempo, contribuirá para  impulsionar a criação de programas e políticas em países com menos experiência e, finalmente, num ato de cooperação regional,  irá estabelecer mecanismos para homologação de sistemas de normalização que reduzam custos e permitam padronizar a certificação de equipamentos eficientes em nível latinoamericano.

“No quesito de eficiência energética, existem três categorias de países na América Latina: aqueles com muita experiência, os que possuem programas incipientes e outros onde não há nenhuma ação implementada. Um foro permanente permitirá aproveitar as experiências dos mais avançados para gerar programas de forma mais ágil, com menor custo e com resultados garantidos”, explicou George Alves, Assessor de Diretoria de Tecnologia da Eletrobras e do Procel, no Brasil, instituição que também fará parte do Fórum Permanente.

Segundo Alves, o Brasil está entre os países com políticas mais avançadas quando o assunto é normatizar o uso e consumo de energia. Um dos exemplos de destaque no país é o Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – executado pela Eletrobras e criado em 1985 pelo Governo Federal. Pelo Programa, o Brasil já registrou avanços no controle do consumo e uso de energia, como o Procel Edifica, que conscientiza sobre uso eficiente de energia em edifícios, o Procel Indústria, com os mesmos objetivos e o Selo do Procel, que identifica equipamentos com baixo consumo de energia, atestados pelo INMETRO. Todos os projetos do Procel contam com laboratórios distribuídos pelo país para emissão de certificações e testes de equipamentos.

De maneira geral, foram identificados três fatores que promovem o desenvolvimento de programas e medidas de economia e uso eficiente de energia: o preço do petróleo no mercado internacional, a luta contra as mudanças climáticas e a busca por uma maior competitividade e desenvolvimento sustentável. “A indústria que atualmente  não é eficiente no uso dos recursos energéticos não é competitiva. A energia gerada com combustíveis fósseis é um bem finito e escasso e, como tal, irá custar cada vez mais  caro”, argumentou Alicia Baragati, Assessora da Direção Nacional de Promoção da Subsecretaria de Energia Elétrica de Argentina.

Sobre Eficiência Energética:
 
De acordo com dados da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), ao longo dos últimos 10 anos, a taxa média de crescimento do consumo de energia na região alcançou 3,15% acima da média mundial de 2,11%. O total de 80% do consumo energético na América Latina  concentra-se em: Brasil (36%), México (20,5%), Argentina (9,9%), Venezuela (7,5%) e Colômbia (4,2%).

Na América Latina, os programas mais comuns para economia e eficiência energética foram desenvolvidos nos setores de iluminação residencial, motores industriais, refrigeradores, normas e etiquetas. Implementando programas e medidas de eficiência energética, o potencial de economia de energia na América Latina é de 20% a 25%.
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