Política Energética

País não pode abrir mão de hidrelétricas, diz Pinguelli Rosa

O diretor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, disse que o Brasil não pode abrir mão da energia proveniente das fontes hídricas para promover o crescimento e atender à demanda.

Agência Brasil
20/04/2010 14:32
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 O diretor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, disse que o Brasil não pode abrir mão da energia proveniente das fontes hídricas para promover o crescimento e atender à demanda.

 

Em entrevista à Agência Brasil, o ex-presidente da Eletrobras (holding do sistema elétrico) afirmou que considera uma utopia a crença de que as chamadas fontes alternativas irão suprir essa necessidade energética que se faz presente em fase do desenvolvimento brasileiro.

 

“O fato é que o Brasil precisa de mais energia porque o coeficiente energético per capita é muito baixo no país e a tendência da distribuição de renda, que já vem ocorrendo há alguns anos, é o aumento da pressão pela demanda por mais energia. Nesse ponto, as hidrelétricas são a melhor solução”.

 

Para Pinguelli Rosa, o custo da energia estabelecido no leilão de Belo Monte – de R$ 83 por megawatts/hora – é bastante razoável. “É só lembrar que as últimas termelétricas que foram leiloadas tiveram o custo da energia na faixa de R$ 140 por megawatts/hora. Então, R$ 83 é muito mais barato”, avaliou.

 

Embora não veja grande obstáculo do ponto de vista técnico para a implantação de Belo Monte, o especialista em energia diz que “não ousa” afirmar que a construção da usina seja a melhor solução. “Poderia até haver outras escolhas, mas Belo Monte é um projeto factível sim”.

 

Na avaliação do físico, não há “grandes discordâncias” a respeito do tema entre as posições da ex-ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff e do ex-governador de São Paulo José Serra, os dois principais pré-candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

“Eu acho até que, nesse ponto, tanto Serra quanto a Dilma concordam. Não vejo discordância na posição dos dois sobre a construção da hidrelétrica. Então, não cabe o argumento de que é preciso esperar as eleições, pois não existindo, pelo menos até o momento, discordância entre ambos sobre o tema, fica o fato de que é preciso mais energia no Brasil”.

 

O outro argumento, este utilizado pelos ambientalistas, o de construir uma hidrelétrica na Amazônia, também não é “nenhum bicho de sete cabeças”. “Porque a Usina de Tucuruí é na Amazônia e funciona muito bem. E foi decidido, inclusive, duplicá-la quando eu estava na Presidência da Eletrobras. Duplicação essa que já foi inclusive concluída”, afirmou.

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