Judiciário

P-36: cinco funcionários condenados

Jornal do Brasil /co
21/07/2005 03:00
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Tribunal Marítimo considerou negligência a instalação de um tanque de óleo. Decisão serve de subsídio em processo criminal

O Tribunal Marítimo condenou ontem cinco funcionários da Petrobras pelo acidente com a plataforma P-36, ocorrido em 2001, na Bacia de Campos. Eles terão que pagar R$ 871 cada um como multa. O desastre provocou a morte de 11 pessoas.
Responsável pelo projeto da plataforma, a empresa Marítima também foi condenada. O julgamento do tribunal serve de subsídio para o processo criminal que está tramitando no Tribunal de Justiça, já que a punição do Tribunal Marítimo tem valor administrativo.
Os cinco funcionários foram responsabilizados por negligência, imprudência e imperícia. O órgão concluiu que as explosões que provocaram o afundamento da P-36 ocorreram porque um tanque de tratamento de óleo foi instalado em local inadequado e às pressas, sem levar em consideração a segurança de quem trabalhava na plataforma.
A Petrobras informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará o resultado do julgamento.
Maior plataforma de produção semi-submersível do mundo, a Petrobras 36 foi construída em 1994 na Itália como uma unidade de perfuração e de produção.
Projetada originalmente para perfurar e produzir petróleo a uma profundidade de 100 a 500 metros, a unidade foi transformada numa plataforma de produção capaz de operar em lâmina d`água de até 1.360 metros.
A capacidade de produção da P-36 era de 180 mil barris de petróleo por dia, o que representava 7,2 milhões de metros cúbicos de gás comprimido, diariamente.

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