Energia

Odebrecht quer maior fatia no setor elétrico

Jornal do Commercio
14/10/2009 12:47
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O grupo Odebrecht está disposto a ter uma participação mais ativa no setor elétrico brasileiro. Segundo fonte do mercado, a companhia demonstra interesse em dois ativos: a Brasiliana, que controla a distribuidora AES Eletropaulo e a geradora AES Tietê, e a americana Duke Energy. Diante da ofensiva da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez sobre operadoras tradicionais do mercado, a estratégia da Odebrecht tem como objetivo garantir melhor posicionamento do grupo no setor elétrico, permitindo a participação nos futuros projetos de expansão.


O fato de circularem comentários no mercado sobre o interesse da Odebrecht pela Brasiliana levou o presidente da AES no Brasil, Britaldo Soares, a voltar a reforçar em público o interesse do grupo americano em exercer o seu direito de preferência pela fatia do BNDES na companhia. Por enquanto, não há uma sinalização de quando o banco de fomento irá retomar o processo de venda dos 53,85% do capital que detém na Brasiliana.


Soares manifestou, reiterada vezes, o interesse da AES em comprar a fatia do BNDES, afirmando que o grupo está preparado do ponto de vista financeiro para a disputa - inclusive, dispõe de uma linha de crédito no valor de US$ 856 milhões, que só pode ser sacada para esta operação.


A outra possível porta de entrada da Odebrecht no setor elétrico seria a Duke Energy, que tem um parque gerador de 2,3 mil MW a partir de oito usinas instaladas entre os Estados do Paraná e São Paulo. Os comentários de que a geradora seria alvo de aquisições sempre circularam pelo mercado, mas ganharam força recentemente com a reestruturação administrativa iniciada nos últimos dois meses, processo que deve culminar com o retorno do atual presidente, Mickey Peters, aos Estados Unidos ainda este ano.


Seja qual for o veículo que a Odebrecht use para ingressar no setor elétrico, a companhia precisará se posicionar no mercado sob o risco de ser deixada para trás por suas principais concorrentes e de não participar dos futuros projetos estruturantes de energia.
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