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Obama afirma que quer conversar com o Irã sobre programa nuclear

AFP
05/08/2010 18:28
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou estar disposto a conversar com o Irã sobre seu programa nuclear e assegurou que as recentes sanções impostas contra esse país estão começando a dar resultados, informou nesta quinta-feira (5) a imprensa americana.


Segundo a imprensa, Obama fez as declarações durante nesta quarta-feira.


Obama assegurou ter notado sinais segundo os quais o regime iraniano estaria começando a sentir os efeitos das sanções adotadas nos últimos meses pela ONU (Organização das Nações Unidas) e de outras medidas unilaterais impostas pelos Estados Unidos e seus aliados.


O jornal The Atlantic citou uma fala em que o presidente afirma que as sanções surpreenderam o Irã.


- Mudar as variáveis de sua equação é muito difícil, mas começamos a ver que sinais de que o Irã ficou surpreso com nosso sucesso [de fazer adotar e respeitar essas medidas].


De acordo com o jornal Washington Post, Obama disse estar comprometido em oferecer a Teerã "uma porta de saída" pacífica para a crise.


- É muito importante que proponhamos aos iranianos um conjunto claro de medidas que estimaríamos suficientes para demonstrar que eles não procuram possuir armas nucleares.


O jornal informou que Obama se disse aberto à ideia de que o Irã possa desenvolver um programa nuclear civil, se o país oferecer medidas para fortalecer a confiança de que não desenvolvem bombas atômicas.


Irã se diz disposto a conversar
 

Após a rodada de sanções da ONU, o Irã vem se dizendo disposto a conversar com os EUA e seus aliados sobre seu programa nuclear.


Os iranianos se disseram prontos a abrir "após o Ramadã" (o mês sagrado dos muçulmanos), no final de agosto, negociações baseadas na proposta feita pelo Irã em 17 de maio, com o apoio da Turquia e do Brasil, disse o presidente.


Pelo acordo, o Irã se compromete a entregar 1.200 kg de urânio com baixo nível de enriquecimento (3,5%) em território turco, recebendo em troca 120 kg do material enriquecido a 20%. Nesse último nível, o urânio pode ser usado em um reator de pesquisas médicas.


A preocupação das potências é que o país chegue à tecnologia suficiente para produzir urânio com o objetivo com potencial para ser usado em uma bomba atômica (enriquecido a 90%).


Mas as potências rejeitaram o acordo de Teerã por acreditar que o objetivo iraniano era ganhar tempo para desenvolver essa tecnologia. Dias depois, lideradas pelos EUA, aprovaram as sanções na ONU.
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