Senado Federal

Ministro da Justiça adia esclarecimentos à CCJ sobre Operação Lava-Jato

Agência Senado/Redação
06/04/2016 15:25
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O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador José Maranhão (PMDB-PB), abriu os trabalhos desta quarta-feira (6) comunicando o cancelamento da audiência pública com o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, sobre os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que investiga o desvio de recursos na Petrobras. O debate, solicitado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), estava marcado para hoje.

Ao justificar a ausência, o ministro disse não pode vir nesta quarta-feira ao Senado em função de “compromissos inadiáveis.” Entretanto, tanto Maranhão quanto Ferraço sustentaram que a data da audiência foi agendada diretamente com a assessoria do ministro.

— Se ele tinha agenda [hoje], a assessoria deveria ter sugerido outra data – ponderou José Maranhão, que deixou claro que o ministro da Justiça havia sido convidado, e não convocado, a prestar esclarecimentos à CCJ.

Ao comentar o adiamento, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) defendeu a remarcação da audiência para a próxima semana, “sob pena de os fatos ficarem envelhecidos.”

— Se houver dificuldade, teremos que fazer uma convocação — cogitou Anastasia.

Na sequência, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), avaliou que a vinda de Eugênio Aragão, nesta quarta (6), seria vista como um gesto de respeito ao Senado e uma oportunidade para esclarecer questões exploradas pela imprensa sobre a Lava Jato nos últimos dias.

Por fim, Ferraço aproveitou para defender a manutenção da autonomia e da independência no trabalho da Polícia Federal, vinculada ao Ministério da Justiça. Ele atribuiu essa preocupação à recente entrevista de Aragão ao jornal Folha de S.Paulo, na qual o ministro disse que trocaria funcionários da PF envolvidos nos trabalhos à primeira suspeita de vazamento de informações. "Cheirou vazamento, a equipe será trocada", declarou Eugênio Aragão.

Dias depois, o mesmo jornal informava a decisão do governo de mudar, em 30 dias, o comando da Polícia Federal.

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