Niterói Fenashore

Mauá-Jurong tem protocolo para construir mais dois porta-contêineres

Estaleiro está em negociações com a Aliança Navegação, que já contratrou a construção de quatro navios. Mac Laren inaugura base logística em dezembro e marca o encerramento de suas atividades em construção e reparos. Aker Promar lançará ao mar uma embarcação de apoio dentro de cinco


23/09/2005 03:00
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Depois obter na semana passada a aprovação de financiamento do Fundo de Marinha Mercante para construir quatro navios porta-contêineres para a Aliança Navegação, avaliados em US$ 212 milhões, o Mauá-Jurong já conduz negociações para construir mais duas embarcações. Durante a apresentação do plano de investimentos do Mauá-Jurong no último dia da Niterói Fenashore, nesta quinta-feira (22/9), o diretor comercial do estaleiro, José Roberto Simas, disse que existe um protocolo de intenções com a Aliança para a construção de mais dois porta-contêineres do mesmo porte dos outros quatro já acertados. As embarcações têm capacidade para 2.600 TEUs (capacidade para carregar contêineres-padrão) e o projeto foi desenvolvido pelo Jurong Shipyard de Cingapura.

Segundo Simas, a construção dos outros dois navios será acertada ao longo da construção dos quatro primeiros, que devem começar a ser entregues 24 meses após o início dos trabalhos, previsto para o início do ano que vem. No total, as embarcações serão entregues ao longo de 36 meses. O plano de investimentos apresentado pelo diretor comercial do Mauá-Jurong consite na construção de um novo prédio de administração, na implantação de uma nova linha de painelização, na instalação de novos equipamentos de movimentação horizontal, na ampliação da carreira dos atuais 240 metros para 280 metros e em uma nova cabine de pintura.

No total, os investimentos somam US$ 35 milhões, que serão financiados pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM) e deverão ser executados ao longo dos 18 meses da obra. “De todos esses investimentos o mais crucial é a nova linha de painelização, que consiste na automação da linha de montagem. Isso resultará em uma forte redução do gasto com homem/hora. Essa é uma realidade do mercado para que os estaleiros se tornem competitivos internacionalmente”, explicou o executivo.

MAC LAREN – O estaleiro Mac Laren apresentou detalhes de sua base logística para navios, cujo investimento somou US$ 5 milhões em recursos próprios. As obras consistiram na completa reestruturação do cais e do pátio de armazenagem, na implantação de sofisticados equipamentos de comunicação digital e na construção de sete berços de navios. Segundo João Medeiros, executivo da empresa, as instalações já estão praticamente prontas e aguardam apenas o encerramento do serviço de dragagem da enseada de S. Sebastião, em Niterói, para a inauguração oficial. Com o início das atividades como base logística o Mac Laren inaugura nova fase e encerra suas atividades de construção e reparos.

O serviço, que está sendo executado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro, deverá ser concluído em dezembro e aumentará a altura do calado no local dos atuais 5,5 metros para 7 metros. “Ao atracar no berço, o navio vai poder contar com todos os serviços de escritório e de conexão com o mundo. Estava faltando uma base logística de grande porte na região, e o nosso projeto foi idealizado para aproveitar a localização estratégica de Niterói para esse tipo de trabalho”, explicou Medeiros.

AKER PROMAR – O diretor comercial do Aker Promar, Leonardo Alcântara, disse que o estaleiro já fez investimentos de aproximadamente R$ 7,5 milhões em suas instalações neste ano. Segundo o executivo, os recursos foram destinados basicamente para capacitação e treinamento de pessoal, equipamentos e programas de informática. “O volume de investimentos deverá somar cerca de R$ 8 milhões e se aproximar do investimento realizado no ano passado, que fo de R$ 8,5 milhões”, disse Alcântara.

Dentro de cinco meses será a vez de lançar ao mar a embarcação do tipo PSV para a Augusta Offshore, orçada em US$ 20 milhões.”Temos capacidade para entregar de três a quatro embarcações por ano e, para mantermos um nível de atividade que compense nossos investimentos, precisamos assinar três contratos por ano. Isso significa que precisamos assinar mais um até o final do ano”, explicou Alcântara.

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