Tecnologia

Lei da inovação estimula empresas que investem em pesquisa

Integração entre indústria e universidade e subvenção para empresas que investem em pesquisa serão temas do Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, realizado entre os dias 26 e 28 de outubro, em São Paulo.

Redação
24/10/2005 02:00
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A regulamentação da Lei de Inovação, há duas semanas, representa um sinal verde para as empresas que investem em pesquisa. O principal benefício da Lei é a concessão de recursos sob a forma de subvenção econômica, financiamento ou participação societária, visando o desenvolvimento de produtos ou processos inovadores.

Por subvenção entende-se a destinação de verba para projeto de pesquisa sem o retorno de dinheiro. "O governo está impulsionando a inovação da indústria e entendendo que ela é crucial no processo de desenvolvimento do Brasil. Todo mundo sai ganhando", destaca o presidente da Fiep, Rodrigo da  Rocha  Loures, que também é  vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A integração entre indústria e instituições de pesquisa para administrar esses benefícios  será um dos temas do Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, que será realizado de 26 a 28 de outubro no Villa Noah Embratel, em São Paulo.

Entre outras metas para os próximos anos, será discutida a estratégia para triplicar até 2010 o  número das empresas de alta tecnologia no Brasil. Atualmente existem no País 1.200 empresas de alta tecnologia e a meta é chegar a mais de 4 mil estabelecimentos inovadores em 2010.

Tranferência de tecnologia - A partir de agora, as universidades e centros de pesquisas no País  poderão licenciar suas criações para empresas de maneira mais fácil. O decreto que regulamenta a Lei de Inovação, publicado em 13 de outubro, criou um regime especial de transferência de tecnologia, que será feito a partir de um edital com critérios técnicos e condições para comercialização da criação.  "Antes, o único jeito era licenciar por meio da lei de licitações, que previa a regra do melhor preço. Mas em tecnologia o melhor preço não sempre é a melhor opção", disse o coordenador  da  Unidade  de Competitividade Industrial da CNI,  Maurício  Mendonça.

Mendonça afirma que 80% do conhecimento produzido no Brasil vêm das universidades e centros de pesquisas, só que grande parte torna-se apenas papers, sem gerar valor econômico. Nos Estados Unidos,segundo ele, esse processo é invertido. A indústria detém a maior parte das patentes e de conhecimento aplicado.

O  objetivo  do congresso é elaborar no final do encontro um documento com propostas da indústria para alavancar os investimentos na área. Ele será   levado para a 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será realizada do dia 16 a 18 de novembro em Brasília.

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