A presidente Dilma Rousseff recebeu em audiência os principais executivos do Grupo Isolux Corsán, quando eles comunicaram a decisão de transferir para o Brasil a sede da empresa responsável pelas atividades de concessões de rodovias e transmissão de energia e geração de energia solar e de investir R$ 5 bilhões, no país, até 2014. Dilma, de acordo com João Nogueira Batista, presidente do conselho de administração da Isolux Infrastructure SA, ficou "surpresa" com a decisão da empresa, "apreciou a coragem" dela e agradeceu e elogiou a iniciativa de investir no país. Ela teria dito ainda que desejava ver a construtora participar dos diversos projetos de instalação da infraestrutura no país.
Nogueira Batista explicou que a empresa espanhola escolheu transferir sua sede para o Brasil, em detrimento a Índia, México, Estados Unidos e a própria Espanha onde ela nasceu, por causa do atual estágio de desenvolvimento do país e da situação privilegiada em que o Brasil se encontra frente à crise internacional. Batista informou também que a empresa, que terá sede em São Paulo, poderá abrir seu capital. A empresa já explora 680 quilômetros da BR-324, da Via Bahia, que vai de Salvador à divisa de Minas e está interessada na concorrência que será aberta pelo governo para administrar a BR 101, também na Bahia.
De acordo com Nogueira Batista, a empresa quer incrementar no Brasil o desenvolvimento de projetos de energia solar, mas lamentou que o país não tenha marco regulatório para esta modalidade de serviço. A Isolux possui 42 centrais de energia solar e uma capacidade instalada de 168 MW que gerou, em 2010, 223gw/h de energia limpa. Os projetos estão espalhados em países da Europa, América Latina, além de Índia e Estados Unidos.