Para manter o atual sistema de energia, será necessário aumentar os investimentos no setor em 6% ao ano, segundo cálculos da agência de classificação de risco Moody's. A projeção considera expansão média de 5% ao ano da economia brasileira a partir de 2011.
Apesar da exigência de amplos investimentos, a Moody's considera baixa a probabilidade de um novo apagão. "Já estão sendo feitos investimentos no setor e ainda há espaço para a realização de novos leilões de energia", afirma José Soares, vice-presidente sênior da Moody's. Uma questão que tem preocupado os investidores, segundo Soares, é o vencimento das concessões a partir de 2015. "Acredito que, de alguma forma, essas licenças serão renovadas", diz.
Um dos maiores gargalos para investimentos em infraestrutura no Brasil, avalia Soraes, é a taxa básica de juros, que "está baixa se comparada a anos anteriores, mas é alta em relação à praticada por outros países". Além disso, Soares chama a atenção para o descasamento de prazos nos projetos. "As obras são de longo prazo e o crédito, de curto", diz.