Fomento

Investimentos canadenses devem se aproximar de US$ 170 milhões

Instituição do fomento às exportações quer financiar negócios de empresas brasileiras e a instalação de empresas canadenses no Brasil.


06/10/2005 03:00
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A maior parte dos US$ 170 milhões previstos em financiamentos do Export Develpment Canada (EDC) para o Brasil este ano será destinada ao setor de óleo e gás. A informação foi dada nesta quinta-feira (6/10) por Fernanda Custodio, gerente regional no Brasil do EDC, instituição de fomento às exportações do Canadá. O volume de investimentos no setor petrolífero faz parte de um pacote de US$ 1 bilhão em operações de financiamento e seguros no Brasil.

Até o 2001, o EDC concentrava suas operações de financiamento no setor de telecomunicações, mas, devido ao aumento de oportunidades em outros segmentos, passou a dar um enfoque maior às empresas de óleo e gás. Em 2003, lembrou Fernanda Custódio, cerca de 40% do volume destinado ao Brasil ficou com o setor petrolífero. Nos dois anos seguintes, essa parcela subiu para mais da metade dos recursos. “Queremos diversificar em outras áreas. Primeiro foi petróleo e agora será a vez de mineração e papel e celulose. Na área de óleo e gás, queremos trabalhar com a cadeia produtiva do petróleo. Pode ser equipamento, serviço, produto ou fornecimento de tecnologia”, disse a gerente, após palestra do vice-presidente sênior do EDC, Stephen Poloz.

Segundo a executiva, a instituição pretende financiar tanto as exportações de empresas quanto a instalação de grupos canadenses no país. “Através de nossas operações com a Petrobras procuramos aumentar o fluxo de empresas canadeses. A Petrobras está incentivando a colocação local de empresas no Brasil. O que a gente quer é incentivar o investimento direto no Brasil. Na área de óleo e gás isso é bem estratégico“.

Dentro do setor petrolífero, Fernanda Custodio identifica os segmentos de dutos, tecnologia de extração de óleo pesado e meio ambiente como os que detêm maior vocação para expandir atividades no Brasil. Prova desse potencial é o programa de troca de tecnologias iniciada no começo do ano entre a Petrobras e a gigande petrolífera canadense EnCana para exploração e produção de óleo pesado, com duração prevista para dois anos e podendo ser prorrogada por igual período.

Stephen Poloz, vice-presidente do EDC, disse em sua palestra que a cotação do barril do petróleo deverá se estabilizar em US$ 50 nos próximos 12 meses em função da redução da demanda provocada pelas oscilações de preços. Em conseqüência, disse o executivo, o comportamento da commoditie será um dos fatores para a redução do crescimento da economia global, de 5,1% em 2004 para 4,2% este ano. Para o Brasil, no entanto, a expectativa do EDC é de crescimento de 3,5% para este ano e para 2006.

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