III Seminário de Petróleo e Gás no Brasil

Instituto Brasileiro de Economia reúne especialistas e executivos do setor

Realizado pela terceira vez, o Seminário focou temas como a regulação para o setor de gás natural, os principais avanços e entraves ao licenciamento ambiental, projeções, cenários e investimentos e o futuro das Rodadas de Petróleo e Gás no Brasil, diante da suspensão da 8º Rodada, no ano

Da Redação
20/03/2007 03:00
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“Como todos sabem, 2006 foi um ano dos mais positivos para o setor de petróleo e gás no Brasil em toda a sua história. Vários seguimentos se beneficiaram direta e indiretamente com os impactos positivos do crescimento da indústria. Só a Petrobras pretende investir U$$ 87,1 bilhões até 2011, com a produção 4,556 milhões de barris de petróleo e gás/dia em 2015”. Com essa afirmação, o presidente do Conselho Consultivo do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), embaixador Sebastião do Rego Barros, deu início ao III Seminário de Petróleo e Gás no Brasil, promovido pelo IBRE nesta terça-feira (20), no auditório da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (Praça XV de Novembro, nº 20 – Centro).

“Como geralmente programamos o Seminário para março, o evento parece pautar e inspirar outros eventos que se seguem”, brincou o embaixador.

Durante a apresentação, Barros também citou a celebre frase do Ministro de Petróleo da Arábia Saudita, sheik Ami Hed Zakui Iamani: "A idade da pedra não acabou por falta de pedra, a idade do petróleo não vai acabar por falta de petróleo e sim, eventualmente, por outras pressões”.

Realizado pela terceira vez, o Seminário se dividiu em módulos compostos por apresentações seguidas de debates focando temas como a regulação para o setor de gás natural, os principais avanços e entraves ao licenciamento ambiental (aspectos técnicos e jurídicos, risco político etc), projeções, cenários e investimentos e o futuro das Rodadas de Petróleo e Gás no Brasil, diante da suspensão da 8º Rodada, no ano passado.

Participaram do evento, representantes do Ministério de Minas e Energia, do Ministério da Ciência e Tecnologia, de empresas do setor de Petróleo e Gás, institutos de pesquisas, universidades, consultores, escritórios de advocacia especializados e organismos governamentais.

Cenário promissor –

“O Brasil já ocupa o 16º lugar mundial de produção, lado a lado com o Reino Unido. No entanto enquanto a produção aqui cresce, a produção no Mar do Norte entra em declínio”, comentou o gerente de exploração e produção do Instituto Brasileiro do Petróleo e gás (IBP) Jonas dos Reis Fonseca. “Dos nossos 6,4 milhões de km2 e 29 bacias sedimentares apenas 1/3 é explorado, sendo que 85% da produção nacional provem da Bacia de Campos. Dentro dessa perspectiva, a abertura do mercado foi de grande importância porque trouxe os investimentos e a tecnologia de outros países, além de fazer ressurgir o interesse em campos maduros”, enumerou.

“Só em 2006 o seguro de riscos de petróleo movimentou mais de R$ 181 milhões”, informou o Superintendente Executivo Comercial Auto/RE Corporativo da Bradesco Seguro e Previdência, Antônio Gonzales. “Esperamos que assim como a quebra do monopólio alavancou o mercado de petróleo no Brasil, a abertura do mercado de resseguro também nos faça contribuir, nos próximos dois anos, com pelo menos 5% do PIB”, vislumbrou.

“Falar de petróleo no Brasil é falar no estado do Rio de Janeiro, maior produtor do país. A maior parte dos investimentos é feita aqui, o que representa um desafio não só para o Estado, mas também para as empresas”, afirmou o Superintendente de Energia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (SEDEIS), Adilson de Souza Araújo, substituindo o Secretário de Estado Julio Bueno. “No entanto, esses investimentos não vão surgir sem dificuldades. Existem impedimentos que devem ser resolvidos rapidamente, como a necessidade de uma reforma tributária, por exemplo”, comentou.

“No entanto, a suspensão judicial da 8ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no ano passado, foi uma ducha de água fria, causando insegurança nos investidores”, ponderou o presidente do Conselho Consultivo do IBRE.

Segundo Barros, a interrupção do processo licitatório importará em atrasos de investimentos em atividades de exploração de petróleo e gás que poderiam resultar na descoberta de novos reservatórios, por exemplo.

“O Brasil está no caminho certo não só no que diz respeito ao petróleo e o gás, como também das energias renováveis”, afirmou o embaixador. “O país não está apenas seguindo exemplos: está dando exemplos para o mundo”.

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