Termo de Compromisso entre o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e a Petrobras será assinado nesta quinta-feira, em Guamaré, para dar inicio às obras de infraestrutura da Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), com vistas a ampliar capacidade já instalada e implantar unidade de produção de gasolina. A assinatura ocorrerá na presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Com as obras a serem executadas, a refinaria, que já produz gás liquefeito de petróleo (GLP), diesel e querosene de aviação (QAV), vai produzir, a partir de 2010, gasolina, além de nafta petroquímica.
A Refinaria Potiguar Clara Camarão processa atualmente petróleo produzido nos campos de terra e mar do Rio Grande do Norte e, como todas as refinarias da Petrobras, também pode processar petróleo do pré-sal. A capacidade de processamento atual é de 30 mil barris de petróleo por dia. Com as novas obras de infraestrutura e ampliação, a RPCC produzirá 4,5 mil barris diários de gasolina, o que tornará o estado autossuficiente em relação a este produto.
Desde a sua implantação, a refinaria, localizada no Pólo Industrial de Guamaré, recebeu investimentos da ordem de US$ 1,65 bilhão. O investimento na ampliação das instalações será de US$ 215 milhões, totalizando US$ 1,84 bilhão. Após as obras, a Clara Camarão contará com um novo quadro de bóias com capacidade para atracar navios de 50 mil toneladas, além de uma unidade de produção de gasolina automotiva. Assim, o Rio Grande do Norte terá uma refinaria moderna, que produzirá mensalmente após a sua conclusão, 21 mil m3 de gasolina, 45 mil m3 de diesel, 7.500 m3 de QAV, 11.700 m3 de GLP e 3 mil m3 de nafta petroquímica.
O nome da refinaria é uma homenagem a Clara Camarão, índia brasileira que liderou um grupo de nativas na luta contra os holandeses durante a colonização. Clara Camarão comandou um batalhão feminino que teve atuação decisiva na batalha ocorrida na cidade de Porto Calvo em 1637.
A refinaria Potiguar Clara Camarão é uma das cinco unidades de refino projetadas pela Petrobras para elevar sua capacidade de refino em 1,2 milhão de barris/dia até 2015. Atualmente, a capacidade de refino da Petrobras no Brasil é de 1,9 milhão de barris/dia, volume superior à demanda nacional de derivados, atualmente em torno de 1,8 milhão de barris/dia. Com isso, a Petrobras terá capacidade excedente de derivados, principalmente óleo diesel de alta qualidade, para exportação.