Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) farão hoje (1º) um sobrevoo na região da Bacia de Santos para verificar a dimensão do vazamento de petróleo cru na área. De acordo com o órgão ambiental, desde ontem (31) especialistas foram enviados para acompanhar as operações de urgência feitas pela Petrobras em Macaé (RJ). Uma equipe da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também foi designada e começará hoje a investigação para apurar as causas do acidente.
No local, estava sendo realizado um Teste de Longa Duração (TLD) no pré-sal da Bacia de Santos, na região Carioca Nordeste, operado por um FPSO (sigla em inglês para Unidade Flutuante de Produção, Armazenagem e Transferência), a uma profundidade de 2.140 metros. Segundo a Petrobras, o poço foi fechado automaticamente após o rompimento.
Dados preliminares indicam que houve uma ruptura do equipamento chamado riser, que conecta a plataforma ao poço no fundo do mar, liberando 33 metros cúbicos de petróleo cru. Essa é a primeira análise feita pelos peritos.
A Petrobras acionou seu plano de emergência para conter o vazamento, por meio de duas embarcações de atendimento. De acordo com o Ibama, as atividades no local estão suspensas e a empresa só poderá retomar o trabalho depois de autorização do instituto. A estimativa inicial é que tenha vazado 160 barris. A empresa acredita que o óleo derramado não alcançará a costa.
A Marinha informou que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro instaurou inquérito administrativo para apurar o vazamento de óleo na região da Bacia de Santos. A conclusão deve ser divulgada em até 90 dias.
A a fragata Niterói foi enviada ao local, com um helicóptero a bordo, para verificar as ações executadas na área. Um grupo de acompanhamento monitora as operações na região e avalia as ações da Petrobras.