Comgás e Sotreq

Hospital Sírio-Libanês reduz em 90% a quantidade de gases emitidos por geradores

Projeto em parceria com a Comgás e Sotreq ainda possibilita economia e ganhos operacionais, reduzindo necessidade de armazenamento e transporte de combustível.

Assessoria/Redação
02/06/2016 18:47
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O Hospital Sírio-Libanês adotou uma nova tecnologia para reduzir a emissão gerada pelo funcionamento de quatro geradores de energia. Para viabilizar o projeto, a instituição assinou contrato com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) e a Sotreq (representante da marca Caterpillar) para a instalação de kits bicombustível, que permite que os motores originalmente a diesel trabalhem, simultaneamente, com o gás natural.

"O gás natural substituiu cerca de 70% do diesel utilizado pelos motogeradores. A economia gerada é de aproximadamente 20% no gasto com combustível. Mas o melhor é a redução de mais de 90% na emissão de material particulado em relação ao diesel, principal causador de doenças respiratórias", afirma Antonio Carlos Cascão, diretor de Engenharia e Obras do Hospital Sírio-Libanês.

Os equipamentos, até então 100% a diesel, funcionavam somente em situações excepcionais, como, por exemplo, nas quedas de energia elétrica fornecida pela concessionária. "Com objetivo de equilibrar o consumo de energia elétrica, o hospital optou por operar os geradores todos os dias, no chamado horário de ponta, de 17h30 às 20h30, quando o custo de energia elétrica aumenta em até quatro vezes mais. Com essa tecnologia, além do ganho ambiental, também tivemos um ganho econômico", explica Humberto Rodrigues da Mata, gerente de Manutenção e Operações Prediais do Hospital Sírio-Libanês.

Com a iniciativa, a estimativa é de reduzir 50 mil kg por mês na emissão de CO2, informa Ricardo Michelin, gerente de Novas Aplicações da Comgás. "Grandes consumidores de energia, como hospitais, universidades, hotéis e supermercados, cada vez mais veem no gás natural uma alternativa competitiva ao óleo diesel para operar seus geradores, principalmente nos horários em que a energia elétrica é muito mais cara. Em 2015, 37 clientes da Comgás adotaram a solução do kit bicombustível, ante apenas três em 2014", afirma Michelin.

De acordo com a Sotreq, a instalação dos kits é rápida. "Sensores são instalados em todo o motor para garantir toda a segurança de operação", afirma Emerson Cabral, gerente da empresa, que, além de ser a revenda oficial dos geradores da Caterpillar, também instala os kits e faz a manutenção dos equipamentos.

"O Sírio-Libanês é o primeiro hospital do Brasil com esta tecnologia de geração de energia na ponta por meio do gás natural. Será uma referência para novas oportunidades", afirma José Eduardo Moreira, gerente executivo comercial B2C da Comgás.

Entenda a geração de ponta ("Peak Shaving")

O crescimento na geração de ponta no Brasil ocorre em razão das sucessivas crises hídricas dos últimos anos, que têm impactado negativamente o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas - responsáveis por mais de 60% da geração de energia no Brasil. Por isso, as usinas termoelétricas, movidas a diversas fontes de combustíveis, precisam ser acionadas em suas capacidades máximas, elevando o custo de produção de energia e aumentando os gastos com energia elétrica de consumidores, sobretudo os de uso intensivo como, por exemplo, indústrias e grandes comércios.

Para desestimular o consumo nos chamados horários de ponta (17h30 às 20h30, no caso da cidade de São Paulo), em que é maior o consumo de energia elétrica, o modelo de cobrança tarifária praticado pelas concessionárias de energia elétrica tornou a tarifa até quatro vezes maior do que fora deste horário, dependendo da distribuidora. Isso onera todas as empresas conectadas na alta tensão (grandes indústrias e comércios).

Uma das vantagens de gerar a própria energia, além da própria economia, é a confiabilidade e a segurança energética, sem interrupções.

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