O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse ontem (8) que é muito importante para o Brasil manter sua soberania na exploração dos recursos do pré-sal. Na palestra “Desafios do pré-sal, soberania, desenvolvimento e oportunidades”, feita na abertura do no Seminário Gas Energy 2011, realizado no Hotel Pestana, na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, Lima lembrou que sempre que o país abriu mão de sua soberania acabou regredindo. Ele citou como um dos exemplos o Barão de Mauá, pioneiro da industrialização brasileira que, devido a pressões vindas do exterior, acabou falindo e tendo sua indústria têxtil destruída.
O diretor-geral da ANP lembrou que a indústria do petróleo passou por grandes transformações nos últimos anos, com as estatais tomando o lugar das empresas privadas como as maiores do setor. Segundo ele, o marco regulatório do pré-sal brasileiro tem como objetivo garantir para o país ganhos permanentes em educação, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente e no combate à pobreza.
Lima defendeu a retomada das rodadas de licitação da ANP no início do próximo ano. De acordo com ele, caso o processo licitatório não seja retomado o Brasil chegará ao final de 2012 com apenas 105 mil quilômetros quadrados de área exploratória concedida. Atualmente a área exploratória é de 320 mil quilômetros quadrados.