Conexões

Grupo Schulz fecha acordo com a Petrobras

A fabricante alemã de conexões tubulares Schulz fechou acordo com a Petrobras para desenvolver linha especial de produtos de alta performance para plataformas e refinarias da companhia. As duas empresas firmaram parceria para a realização de novos processos, e, caso a experiência seja bem-suced

Jornal do Commercio
09/07/2007 03:00
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A fabricante alemã de conexões tubulares Schulz fechou acordo com a Petrobras para desenvolver linha especial de produtos de alta performance para plataformas e refinarias da companhia. As duas empresas firmaram parceria para a realização de novos processos, e, caso a experiência seja bem-sucedida, vão compartilhar as patentes desses produtos.

"A Petrobras pediu-nos combinações especiais de materiais e tubos bimetais. Fizemos o convênio para testar esses processos com as exigências que a Petrobras colocou. O trabalho conta com o apoio do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)", afirmou o diretor-presidente da Schulz, Marcelo Bueno.

Segundo ele, o acordo foi fundamental para a manutenção do projeto de construção da terceira fábrica da empresa no Brasil. Bueno disse que os entraves burocráticos enfrentados pela Schulz no Brasil diminuíram o ímpeto da direção mundial da companhia, que já reavaliava a construção da unidade .

A terceira fábrica da Schulz será o maior investimento da empresa no Brasil. Com capacidade de produção prevista de 10 mil toneladas/ano, será voltada para a fabricação de tubos sem costura, destinados principalmente ao atendimento de projetos offshore. O investimento previsto é de R$ 80 milhões.

O cronograma do projeto já está atrasado, em função da burocracia, segundo Bueno. A previsão era de que a construção fosse iniciada no segundo semestre deste ano, mas a nova data estimada é apenas para março. Bueno não nega que a P-56 é um dos alvos da empresa, em termos de contratos futuros.

A perspectiva de contratos para a plataforma beira os R$ 30 milhões, com o possível fornecimento de 1,5 mil toneladas de cobre níquel e 1,2 mil toneladas de aço inoxidável. A intenção da Petrobras é fazer os projetos nos moldes da P-51, cujo fornecimento das conexões tubulares foi pela Schulz.

O grupo começa a refazer as contas relativas ao investimento no Brasil, em função da desvalorização cambial. O custo de mão-de-obra subiu 30% pela influência de apreciação do real. A primeira medida para reduzir esse impacto será a redução da contratação de postos de trabalho. Há pouco mais de um mês, a Schulz iniciou as operações de sua primeira unidade fabril na América Latina, em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense. Na mesma área, serão erguidas as outras duas fábricas. O investimento foi de R$ 60 milhões.

Comercialização

 A fábrica, de conexões tubulares em ligas resistentes à corrosão, produzirá até 1 milhão de peças por ano. Desse total, pouco mais da metade será destinada ao mercado exterior, com predominância para os EUA e Alemanha. Para os projetos offshore da indústria de petróleo, irão entre 25% e 30% da produção; o restante será destinado a outros segmentos do mercado brasileiro.

No próximo mês, será embarcada a primeira carga produzida na unidade. O volume faz parte de contratos de US$ 1,2 milhão firmados pela Schulz nos EUA. A segunda fábrica, que terá capacidade para 5 mil toneladas/ano de tubos com costura, tem início de operações previsto para outubro. O investimento deve chegar a R$ 40 milhões. A receita esperada com a unidade é de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões por ano, de acordo com Bueno.

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