Operação Lavo-Jato

Gilmar Mendes vê como tragédia possíveis provas contra João Santana

Agência Brasil/Redação
24/02/2016 12:50
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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal (STF), Gilmar Mendes, disse ontem (23) que será uma “tragédia” se as provas colhidas na 23ª fase da Operação Lava-Jato associarem os recursos depositados em contas do marqueteiro João Santana no exterior a campanhas eleitorais.

“Precisamos saber a substância do que está por trás. Precisamos esperar os desdobramentos. Mas essa é a pergunta chave: se, de fato, estiver associado à campanha [eleitoral] brasileira é uma tragédia nacional”, afirmou Mendes ao chega à cerimônia de posse da diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

(OAB).

“Se [os recursos] estiverem associados à campanha eleitoral, é de uma gravidade que não preciso explicitar. Isso mostra abuso de poder econômico, caixa dois. Mas precisamos esperar”, acrescentou Mendes.

João Santana, preso hoje pela Polícia Federal, coordenou as duas campanhas da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e a campanha à reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. O marqueteiro e a mulher dele, Mônica Moura, tiveram a prisão decretada ontem (22) pelo juiz Sérgio Moro. Os investigadores da Lava-Jato suspeitam que eles usam contas secretas no exterior para receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.

Gilmar Mendes afirmou que as provas da 23ª fase da Lava-Jato poderão ser usadas pelo TSE no julgamento da ação proposta pelo PSDB, que pede cassação dos mandatos da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, por poder econômico e político: “Já está havendo o das provas e, certamente, as provas [da Lava-Jato] irão para os autos [do TSE].”

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