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GE montará fábrica de turbina para eólica na BA

Valor Econômico
30/09/2011 15:13
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De olho nos 52 parques eólicos previstos para o estado nos próximos anos, a GE decidiu investir R$ 45 milhões em uma nova fábrica de aerogeradores na Bahia.

Inicialmente, serão produzidos 200 equipamentos por ano a partir de meados de 2013. Mas a capacidade poderá subir dependendo do volume de contratos que serão fechados no futuro. "Nunca planejamos uma fábrica limitada à produção inicial. Sempre deixamos espaço para crescimento", informa Marcelo Soares, presidente na América Latina da GE Energy, braço na área de energia do grupo industrial de origem americana.

A assinatura do protocolo de intenções com autoridades do governo baiano está prevista para a segunda-feira. Ainda falta definir o local da fábrica, mas a GE tem se debruçado sobre possibilidades na Região Metropolitana de Salvador ou no polo industrial de Camaçari, o qual já vem atraindo grandes fabricantes de turbinas eólicas.

A investida dessas fabricantes na Bahia começou este ano, com o início das operações da espanhola Gamesa em Camaçari. Em novembro, será a vez da francesa Alstom começar a montagem de aerogeradores no município, após investimento aproximado R$ 50 milhões em sua primeira fábrica no Nordeste.

Além do crescimento no número de projetos de energia gerada pelo aproveitamento dos ventos no país, os fabricantes são atraídos por vantagens em logística, dada a proximidade de instalações portuárias.

Mas, como informa a GE, estímulos fiscais também estão sendo determinantes na escolha. Sem dar detalhes, a direção da filial da empresa na América Latina informa que recebeu os mesmos benefícios tributários que seus concorrentes tiveram para abrir operações no estado.

Levar o projeto para o Rio Grande do Norte, onde diversos projetos eólicos estão sendo executados, ou mesmo ampliar as fábricas existentes foram opções consideradas pela GE antes de levar o projeto para a Bahia.

A expectativa do grupo é enfrentar um ambiente de competição desafiador, já que diversos fabricantes globais tentam aproveitar o movimento de diversificação da matriz energética do país. Para encarar a disputa, a GE diz que está trazendo tecnologia de última geração em turbinas.

Antes de Gamesa e Alstom, a Wobben Windpower, em Sorocaba (SP), e a argentina Impsa, em Suape (PE), já tinham operações de turbinas eólicas consolidadas no Brasil. A gigante alemã Siemens também anunciou planos de reforçar a montagem desses equipamentos em território brasileiro, onde tem contratos para instalação de 136 turbinas em 12 parques - um dos clientes é a Tractebel.

A GE, que já monta as turbinas em uma fábrica em Campinas (SP), prevê instalar aproximadamente 700 aerogeradores no mercado brasileiro entre 2011 e 2012, incluindo contratos dos primeiros parques eólicos da Bioenergy no Rio Grande do Norte. No mundo, já tem instaladas 17 mil unidades.

O grupo diz que planeja usar recursos próprios para custear os investimentos na fábrica baiana, na qual, estima, serão criados 80 empregos diretos. Soares informa ainda que o projeto poderá ser greenfield - aqueles que são construídos a partir do zero - ou brownfield, em que é efetuada ampliação de alguma instalação já existente.

A vantagem da segunda opção, lembra o executivo, seria acelerar o ritmo do empreendimento, que começará a ser erguido a partir de meados do ano que vem. "Podemos aproveitar algum prédio ou alguma fábrica vazia por lá e fazer reforma e adaptação", assinala o CEO. "Vamos optar pelo o que for mais interessante", acrescenta.
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