<P>O presidente-executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, afirmou, no Rio de Janeiro, que o início da exploração das gigantescas reservas de petróleo ao longo da Bacia de Santos significa mais um passo para que Portugal consiga alcançar a autossuficiência.</P><P>Em entrevista col...
Agência LusaO presidente-executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, afirmou, no Rio de Janeiro, que o início da exploração das gigantescas reservas de petróleo ao longo da Bacia de Santos significa mais um passo para que Portugal consiga alcançar a autossuficiência.
Em entrevista coletiva, Ferreira de Oliveira disse que as atuais reservas de petróleo e gás da Galp, avaliadas em 2,1 bilhões de barris, significam que, se fosse possível utilizá-las todas simultaneamente a empresa seria capaz de abastecer todo o mercado nacional durante 21 anos.
Queremos crescer com os pés na terra, mas com a ambição firme de atingirmos a autossustentabilidade em termos de petróleo e gás, acrescentou.
O presidente da Galp, que veio ao Brasil para participar da cerimônia de início de exploração do campo Tupi, onde a empresa portuguesa detém uma participação de 10% num consórcio liderado pela Petrobras, juntamente com o BG Groupe, disse que os recursos da companhia petrolífera portuguesa já são suficiente para atingir o objetivo estratégico de produção de 150 mil barris por dia.
Parceria com o Brasil
Ferreira de Oliveira reforçou a sua convicção de que a atual administração da Galp está claramente a construir uma empresa de petróleos de média dimensão após a sua aposta no Brasil.
Em dois anos, ocorreram oito grandes descobertas de petróleo no Brasil e a Galp está em cinco, disse. As mais significativas são o Tupi, Iara e Júpiter, que, no conjunto dos três blocos, têm reservas estimadas entre 12 a 15 milhões de barris.
Ao todo, a empresa portuguesa participa em cerca de 50 consórcios no Brasil entre explorações onshore (em terra) e offshore (no mar). Os analistas da empresa consideram que os ativos da Galp estariam estimados em entre 5 a 6 bilhões de euros, sendo que o Brasil tem uma fatia que ultrapassa 70%.
Com o início da produção de petróleo no Tupi, denominado teste de longa duração, a Galp irá investir 263 milhões de euros num poço que se estima que esteja a produzir em força no final de 2010, ao ritmo de 100 mil barris diários.
A exploração petrolífera da Bacia de Santos, considerada como uma das maiores reservas do mundo é, de acordo com Ferreira de Oliveira, o maior projeto industrial do mundo da próxima década, destacando que há uma empresa portuguesa [a Galp] que está no coração deste projeto.
Estima-se que na Bacia de Santos sejam investidos até US$ 300 bilhões nos próximos 10 a 15 anos.
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