Balanço

Fórum sobre downstream da Rio Oil & Gas tem moderação da Abiquim

Redação/Assessoria Abiquim
09/10/2018 12:34
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A Rio Oil & Gas 2018 foi realizada entre os dias 24 e 27 de setembro, no Riocentro, na capital carioca. O evento bienal, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) recebeu um público total de mais de 40 mil visitantes, a programação do evento teve sete fóruns e uma feira de negócios com 400 expositores.

A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, foi a moderadora do painel "Integração refino – petroquímica: Buscando competitividade", que fez parte do "Fórum Downstream", e contou com a participação do coordenador de Automação Industrial da Petrobras, Marcus Vinícius de Oliveira Magalhães; do vice-presidente de Competitividade da Braskem, Roberto Bischoff; e do consultor da IHS Markit, Felipe Perez.

As apresentações demonstraram que há enorme sinergia e oportunidades entre o setor de refino e a petroquímica, sendo que "a integração dos negócios de refino e petroquímica é facilitada pelo fato das capacidades gerenciais serem semelhantes em ambas atividades. A base de ativos é grande, exigindo investimentos intensivos em capital. Além disso, a integração energética e de correntes torna ambos os negócios mais eficientes", comentou Fátima.

As perspectivas internacionais apontam que a próxima revolução tecnológica para a indústria do petróleo será no refino, especialmente pela tendência de mudança de perfil do consumo dos derivados. Também foi enfatizado que o pico da demanda de petróleo deverá ocorrer entre o final da próxima década e meados da seguinte. Hoje, quase 60% da produção mundial de óleo é destinada ao setor de transporte/combustível, com tendência de recuo em razão da expansão dos carros elétricos e das energias renováveis. A petroquímica, cujo consumo pode ser considerado firme, representa entre 10-15% do destino atual da produção de petróleo, com perspectiva de elevação da relevância em relação ao refino. Fátima acrescentou que "no mundo, as majors de petróleo estão elevando os investimentos em petroquímica, mirando, possivelmente, esse cenário de redução da demanda de combustíveis".

Focando no Brasil, Fátima ressaltou que um dos principais problemas identificados para o desenvolvimento da petroquímica é a falta de matérias-primas competitivas. "O gás natural transformou a indústria química americana, tornando a petroquímica muito mais competitiva. Com o Pré-sal, o volume de Gás Natural pode provocar algo semelhante no Brasil. Além desse potencial, também não se pode desprezar a capacidade de produção de propeno de refinarias, o que dará uma dinâmica muito diferente para a matriz de matérias-primas brasileira".

Além da discussão sobre competitividade, a sala de "Integração refino – petroquímica", também abordou outros dois temas importantes relacionados à "Gestão de riscos na indústria de refino e petroquímica" e "Eficiência energética e controle de emissões em refinaria e planta petroquímica".

Segundo o IBP, por se tratar de uma primeira edição, o "Fórum Downstream" superou as expectativas, contando, no total, com a presença de mais de 300 profissionais do setor e representantes do governo e da academia, que tiveram a oportunidade de debater sobre aspectos relevantes que hoje impactam o segmento de downstream no Brasil.

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