Refino e biocombustíveis

Fórum global é realizado no Rio de Janeiro

Teve início nesta terça-feira (05), no hotel Sheraton, Rio de Janeiro, a 7ª Conferência Anual da Hart World Fuels para as Américas. O tema da conferência neste ano é “Sucesso internacional com combustíveis limpos e avanços tecnológicos”.

Da redação
05/06/2007 03:00
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Teve início nesta terça-feira (05), no hotel Sheraton, Rio de Janeiro, a 7ª Conferência Anual da Hart World Fuels para as Américas. O tema da conferência neste ano é “Sucesso internacional com combustíveis limpos e avanços tecnológicos” (International Success with Clean Fuels & Technology Advancements). Dentre os principais assuntos que serão abordados até amanhã, estão os desenvolvimentos globais na qualidade da gasolina convencional e do diesel, políticas de combustíveis renováveis e desenvolvimentos tecnológicos, combustíveis marítimos e de aviação e o seu impacto na região das Américas.

“Nada mais apropriado do que iniciar este evento justamente na data em que comemoramos o dia do meio-ambiente”, afirmou a diretora da Hart Energy, Kristine Klavers. “Estamos aqui para trocar experiências e aprender com as soluções encontradas nos vários países”.

Por mais de vinte anos, as Conferências da Hart World Fuels têm sido um dos principais eventos para executivos das áreas de biocombustíveis, refino e automotiva, juntamente com lideres dos governos, se encontrarem e discutirem questões fundamentais para o desenvolvimento do refino global e na indústria de combustíveis para motores. Estas conferências estão entre os poucos fóruns que colocam juntos todos os representantes de cada setor, que estão trabalhando para moldar o futuro dos combustíveis e veículos no mercado. Esta edição do evento reúne executivos da França, Japão, Itália, Argentina, Venezuela, EUA e Brasil, dentre outros países.

“Desde 2001 a Petrobras participa das Conferências da Hart Energy, um espaço para discussões relativas às tecnologias de refino. Vivemos um período de surgimento de novas tecnologias, no entanto, não sabemos qual o impacto dessas tecnologias no mercado. Não sabemos quais as direções que cada região irá tomar. Eventos como este, servem para apresentar estas novas soluções e aumentar o entendimento do cenário atual”, comentou o gerente de Qualidade de Produtos da Petrobras, Frederico Kremer.

Kremer lembrou que a estatal vem trabalhando com o etanol desde 1975. “Desde então, acumulou uma larga experiência que hoje é do interesse de empresas em todo o mundo”, afirmou.

O presidente da Japan Petroleum Energy Center (JPEC), Tommy Kudo, durante a palestra “O Trabalho do Japão com ETBE e Etanol no Rio de Janeiro”, apresentou o Japan Clean Air Program (JCAP), programa que tem conquistado, através da pesquisa e da parceria com a indústria automobilística, excelentes resultados na redução de CO2 e na busca de tecnologias menos poluentes. Tudo isso, segundo Kudo, “sem causar problemas para a economia ou mercados”. “Estamos praticamente três anos adiantados em nossa agenda”, comemorou. “O sucesso do JCAP é envolver seguimentos aparentemente com interesses conflitantes ou distintos, como a indústria automobilística e organismos e entidades de proteção ambiental, por exemplo”, explicou o executivo.

Na ocasião, Kudo disse ter se impressionado com o estágio avançado das usinas de etanol em São Paulo – atualmente, 80% da produção do país está localizada no estado - e lembrou o relacionamento e os vários projetos e acordos firmados recentemente entre Japão com o Brasil. “O Brasil tem um grande potencial para ser nosso futuro fornecedor”, afirmou o executivo.

“O mercado asiático é de grande importância para a Petrobras. Sobretudo o Japão, com quem temos uma relação muito forte no setor de biocombustíveis e que hoje tem uma oportunidade impar de diversificar sua fonte de suprimentos e investir em biocombustíveis”, comentou o diretor de Downstream da Petrobras, Paulo Roberto Costa que apresentou a palestra “Investindo no Futuro: A visão da Petrobras para Combustíveis Limpos”.

“O Brasil e os EUA são os dois maiores produtores de etanol. Somos responsáveis por 33% da produção mundial, sendo que o nosso etanol produzido a partir da cana-de-açúcar possui um rendimento muito maior – quase oito vezes mais - que o produzido a partir do milho”, comemorou o executivo.

“Em todo o mundo, as empresas de petróleo têm dedicado um tempo bastante grande de suas pesquisas para a área de biocombustíveis. A Petrobras é uma empresa integrada de energia. Já faz algum tempo que deixamos de ser uma companhia voltada para o setor de petróleo e gás. Temos projetos de biodiesel, H-Bio, etanol, energia eólica e solar, e outras fontes renováveis. Atuamos de forma verticalizada dentro da indústria”, disse Paulo Roberto, informando que a meta da estatal é, até 2011, atingir os 855 mil metros cúbicos de biodiesel.

“Estamos colocando, até janeiro de 2008, mais três grandes refinarias em operação no Brasil. Este seria um desafio muito grande para qualquer companhia no mundo. Mas temos – e vamos – retomar um atraso de anos. Infelizmente a Petrobras deixou de lado, durante algum tempo, a área de refino. Estamos correndo atrás do prejuízo”, disse.

A 7ª Conferência Anual da Hart World Fuels termina amanhã. Até lá, serão apresentados painéis sobre o futuro dos biocombustíveis, as tendências globais nas especificações de combustíveis, políticas de energia de sucesso na América Latina, tendências do diesel limpo e o status atual e questões sobre O Programa do Biodiesel do Governo Federal, dentre outros temas.

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